Kigali - Paul Kagame, que governa o Rwanda desde 2000, deverá ser reeleito hoje em eleições presidenciais que repetem as anteriores, com os mesmos protagonistas, só faltando saber se terá mais que os 98% que teve em 2017, noticiou o site Notícias ao Minuto.
Eleito sucessivamente para a Presidência com valores acima dos 93%, Kagame apresenta-se a estas eleições após a revisão constitucional que alterou a duração dos mandatos presidenciais.
Depois de ter atingido o limite de dois mandatos de sete anos, Kagame pôde candidatar-se em 2017 graças a uma controversa emenda constitucional de 2015 que introduziu um mandato de cinco anos - mantendo o máximo de dois mandatos.
Esta emenda foi alvo de fortes críticas, uma vez que "limpou" o número de mandatos de Paul Kagame e autorizou-o a candidatar-se a um mandato transitório de sete anos, de 2017 a 2024.
Uma vez reeleito, aquela reforma permitir-lhe-á manter-se no poder até 2034.
À semelhança da eleição presidencial de 2017, nos boletins de voto voltam a figurar os nomes de Frank Habineza, 47 anos, líder do Partido Ecologista Democrático do Ruanda, única formação de oposição autorizada no país, e que obteve 0,48%, e o independente Philippe Mpayimana, 54 anos, que chegou aos 0,73%.
Paul Kagame, 66 anos, é o obreiro da recuperação económica do Rwanda, que ficou exangue após o genocídio de 1994 e é hoje considerado por alguns dirigentes ocidentais e africanos como um modelo de desenvolvimento.
Um total de 9,01 milhões de eleitores está registada para as eleições de hoje, que, pela primeira vez, decorrem simultaneamente com eleições legislativas para renovar o parlamento dominado pela Frente Patriótica Rwandesa, o partido liderado por Kagame.CS