Kinshasa - O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) alertou hoje sobre a necessidade de ajuda humanitária para as pessoas que retornam às suas casas na República Democrática do Congo (RDC).
A RDC, envolvida num conflito armado que afecta as províncias orientais do país e que deslocou milhões, enfrenta actualmente dificuldades com aqueles que regressam aos seus locais de origem, pois encontram casas e infra-estruturas destruídas ou ocupadas.
No relatório diário sobre a situação na RDC, o OCHA referiu que nos últimos 10 dias mais de 10 mil pessoas regressaram da ilha de Idjwi, no Lago Kivu, para as suas aldeias nas zonas de Minova e Kalehe, devido às péssimas condições de vida que encontraram na ilha.
Avaliações humanitárias indicam que mais de 100 mil congoleses fugiram para Idjwi desde finais de Janeiro, devido ao avanço do Movimento 23 de Março (M23), com apoio do Rwanda, através da província do Kivu Sul, onde tomaram Kalehe, Minova e até a capital, Bukavu.
O OCHA também confirmou o regresso a algumas partes do Kivu Norte, onde cerca de 80 mil congoleses regressaram às aldeias no território de Masisi, mas encontraram infra-estruturas destruídas pelos combates recentes. JM