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Angola com mais de 12 mil casos de cólera

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  • Luanda • Terça, 15 Abril de 2025 | 12h22
Área de atendimento de casos de cólera no Hospital Geral do Huambo
Área de atendimento de casos de cólera no Hospital Geral do Huambo
Zeferino Zinga-ANGOP

Luanda – Angola tem até ao momento um cumulativo de 12.600 casos de cólera, tendo confirmado o primeiro caso na primeira quinzena de Janeiro de 2025.

Os primeiros casos foram registados no município de Cacuaco, em Luanda. Na sequência, o Governo reforçou as medidas de prevenção e combate desta doença, que afecta pessoas dos dois aos cem anos de idade.

Segundo o Boletim Informativo do Ministério da Saúde (Minsa), que procede a actualização do surto, os 12.600 casos foram confirmados nas províncias de Luanda, com 5.035 casos, do Bengo (2.832), de Benguela (1.511), do Cuanza Norte (1.345), do Cuanza Sul (131), do Icolo e Bengo (988), de Malanje (427), de Cabinda (108),  do Namibe (66), do Zaire (59) e do Huambo (36).

A província da Huíla registou 30 casos de cólera, seguida do Uíge (15), do Cubango (13), do Bié (dois), do Cunene (um) e da Lunda Sul (um).

Neste período, a doença afectou 6.909  homens e 5.691 mulheres, tendo causado 475 mortes nas províncias de Luanda, com 184 casos, do Bengo (112), de Benguela (61), do Cuanza-Norte (56), do Icolo e Bengo (28), de Malanje (16), do Cuanza-Sul (10), do Zaire (três), de Cabinda (três) e do Namibe (dois).

O país registou, nas últimas 24 horas, 232 novos casos de cólera nas províncias de Benguela (104), de Luanda (38), do Cuanza-Norte (34), de Malanje (20), do Bengo (10), do Namibe (oito), do Icolo e Bengo (seis), do Cuanza-Sul (cinco), do Cubango (três), de Cabinda (três) e da Huíla (um).

Foram registados dois  óbitos nas províncias do Bengo  e de Benguela, numa altura em que 209 pessoas receberam alta médica em função da sua recuperação.

Actualmente, estão internadas com sintomas de cólera, nas distintas unidades hospilares, 1.257 pessoas.

Na última segunda-feira, a ministra de Estado para Área Social, Maria Bragança, defendeu ser necessário que a população angolana apoie as medidas do executivo para o combate à cólera.

A ministra disse que não basta haver uma acção do Executivo angolano para conter a doença, pelo que o envolvimento de todos os cidadãos se torna imperioso nessa missão.

Pediu aos cidadãos um extremo cuidado no manuseio dos alimentos, na forma de depositar os objectos e para não defecarem ao ar livre, por forma a evitar a transmissão da doença, assim como um maior envolvimento nas acções de sensibilização sobre esta doença.

A cólera é uma infecção do intestino delgado por algumas estirpes das bactérias Vibrio cholerae. Os sintomas podem variar entre nenhum, moderados ou graves, sendo o clássico uma grande quantidade de diarreia aquosa com duração de alguns dias, assim como podem também ocorrer vómitos e cãibras musculares.

A diarreia pode ser de tal forma grave que em poucas horas provoca desidratação e distúrbio electrolítico, o que pode levar a que os olhos se afundem nas órbitas, à diminuição de elasticidade da pele e ao enrugamento das mãos e dos pés.

A desidratação pode ainda provocar a coloração azulada da pele. A manifestação de sintomas tem início entre duas horas e cinco dias após a infecção.

A doença transmite-se principalmente através da água e de alimentos contaminados com fezes humanas com a presença de bactérias. AB/OHA



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