Viana- O director municipal de Viana dos Registos e Modernização Administrativa, Domingos Rodrigues “Pepedox”, reconheceu, nesta quinta-feira, que a paz favoreceu a construção de hospitais de referência no país, facilitando o tratamento de pessoas localmente em vez de se deslocarem para o estrangeiro.
Segundo o responsável, que falava à ANGOP sobre os ganhos da paz , este facto faz com que o país poupe recursos que são alocados em sectores como a construção de mais escolas, estradas e outras infra-estruturas para o desenvolvimento do país e na compra de medicamentos.
Destacou a construção dos hospistais Cardeal do Nascimento e Azancote de Menezes, em Luanda, Heróis de Kifangondo e Geral de Viana, no Icolo e Bengo, Walter Strangway no Bié, Mário Pinto de Andrade, no Cuanza Norte, Geral de Cabinda, entre outros.
Ressaltou ainda que com a paz se consolidou a reconciliação nacional, que favoreceu a circulação de pessoas e bens com a interligação interprovincial e transfronteiriça. “Hoje já se vai até a Namíbia de autocarro e outros países vizinhos”, referiu.
Outro ganho apontado tem a ver com a implantação de polos universitários e politécnicos em todas as províncias do país, o que garante a inserção de jovens e adultos.
Domingos Rodrigues enfatizou que Angola vive uma paz efectiva, porque é um pais independente politicamente, tem insignias, bandeira, hino e um Governo composto por angolanos, assim como um parlamento e eleições periódicas democráticas e a valorização dos direitos humanos.
A fonte realçou que só isso não chega, pois é preciso que o Executivo trabalhe no sentido de se baixar os preços da cesta básica, para suavizar o nível actual do custo de vida que a população vive.
Conforme o responsável, isso passa por gizar políticas públicas no domínio do comércio, agricultura, bem como fazer reformas agrárias com a subvenção dos grandes e pequenos agricultores, para que o país deixe de viver de importação, o que encarece os produtos da cesta básica.
Para isso, continuou, se devia aproveitar o Polo Industrial de Viana (PIV) e a Zona Económica Especial (ZEE) para fabricar produtos da cesta básica e outros que poderiam mudar a situação de vida da população, assim como deve fazer reforma no sentido de que o Kwanza tenha valorização em detrimento da moeda estrangeira.
Outra solução, notou, passa pela aposta em cursos técnicos profissionais nas escolas médias com profissões que hoje estão a se esgotar como relojoeiros, alfaiates, funileiros e uma série de artes essenciais para o crescimento do país.
Na sua visão, devia haver também a rotatividade dos funcionários para desafogar Luanda, com condições de trabalho, habitação e transporte para baixar a discrepância que há entre a capital e outras regiões.
Angola celebra, a 04 de Abril, 23 anos de paz fruto do acordo assinado em 2002, que pós fim ao conflito armado. HDC/SEC