Baía Farta - A lota pesqueira do município da Baía Farta, província de Benguela, retomou, esta segunda-feira, as suas actividades, depois de estar inoperante por mais de três anos, soube a ANGOP.
Segundo testemunhas, a lota funcionou apenas alguns meses desde a sua inauguração, em 2021, e teve de parar as suas actividades devido à recusa dos feirantes em venderem ali os seus produtos, alegando falta de clientes.
Em declarações à imprensa, o administrador-adjunto local para área econômica e financeira, Gilmar Anderson Roque, informou que, para a retoma da actividade, houve uma concertação entre a Administração Municipal e a Aliança Empresarial de Benguela, gestora do empreendimento.
O acordo estipula que os feirantes não pagarão as suas contribuições nos primeiros seis meses, até chegarem a um acordo.
A limpeza do espaço também estará a cargo da AEB, como incentivo aos feirantes para adesão ao projecto.
O responsável garantiu haver já todas as condições criadas, ao Invés dos vendedores se deslocarem a várias artérias da cidade para comercializarem os seus produtos.
Assegurou que “os maiores beneficiados são os feirantes e o povo em geral, porque, neste momento, o país está a enfrentar a epidemia da cólera e o espaço está bem organizado e com condições higieno-sanitárias adequadas”.
Os feirantes reagiram com satisfação a essa decisão e já começaram a aparecer ao local, alegando ser uma medida bem acertada. No entanto, alguns deles manifestarem cepticismo por recearem a fraca procura dos seus produtos pelos clientes, o que os obriga a voltar às ruas, ao encontro deles.
A lota está implantada numa área de 25 mil metros quadrados, tem oito lojas, três naves para comercialização de peixe seco e fresco, uma área de congelação e duas pontes cais. Conta ainda com uma área para comercialização de produtos diversos. TC/CRB