Luanda - O secretário de Estado para a Saúde Pública, Carlos Alberto de Sousa, apontou, esta quarta-feira, em Luanda, o reforço da dessiminação de informações sobre a saúde, sobretudo o Vih/sida, através de campanhas comunitárias de sensibilização sobre a doença.
Carlos Alberto de Sousa, que falava na abertura do “ Workshop sobre o ponto de situação epidemiológica e programática da resposta nacional do Vih/Sida no país”, adiantou que o MINSA vai continuar a apoiar todas as iniciativas que visam a melhoria da saúde das populações, dentro dos projectos do Executivo para a saúde pública.
Conforme o secretário de Estado, Angola é um dos países da região subsariana com prevalência do Vih mais baixa, com uma taxa de 2 por cento de prevalência na média nacional.
Os dados apontam para 320 mil pessoas vivendo com do Vih em Angola, sendo que 17 mil são novas infecções.
Cerca de 36 mil crianças dos 0 aos 14 anos vivem com o Vih e 190 mil mulheres são portadoras dessa doença, no país. Segundo os dados 15 mil pessoas morreram por sida no mesmo período.
Quando a cobertura de tratamento com antiretroviral em adulto, o percentual é de 43 e nas crianças de 19 por cento.
A taxa de transmissão vertical do Vih está estimada em 15 por cento.
O secretário de Estado frisou que os índices de tratamento, prevenção e transmissão registou uma melhoria, apesar ainda de se estar longe de atingir as metas globais, sendo necessário a elaboração de estratégias de aceleração para melhores resultados.
Para si, os cuidados primários de saúde e, em particular, a atenção da saúde da mãe para criança, continuam a ser prioridades.
Destacou a campanha Nascer Liivre para Brilhar, que permitiu reduzir a taxa de transmissão do Vih de 26 por cento, em 2018, para 15 por cento em 2021.
Carlos Alberto de Sousa adiantou que os serviços de prevenção de mãe para filho (PTMF) aumentaram significativamente, passando de três serviços, em 2004, para 650, em 2017, e 743, em 2021, estando implementados nos 164 municípios e integrados nos serviços de saúde reprodutiva.
Fez saber que houve melhorias na logística de medicamentos antirretrovirais, após a simplificação de esquemas terapêuticos com a introdução de DOLUTEGRAVIR (DTG) para adolescentes e adultos.
“O aumento do número de pessoas em tratamento tem contribuído para manter os portadores a viver com o Vih com maior tempo e qualidade de vida, além disso as evidências científicas mostram que uma pessoa que vive com esta patologia e que adere a um regime efectivo de tratamento antirretroviral, com a carga viral suprimida, não transmite a doença por relações sexuais”, sublinhou.
O último relatório global da ONUSIDA aponta para cerca de 37,7 milhões de pessoas que vivem com VIH, 84 por cento sabem o seu estado serológico, 73 por cento estão em tratamento antiretroviral e 66 têm a carga viral suprimida.
Neste mesmo relatório estimou-se que mundialmente haja 1,5 milhões de novas infecções e cerca de 680 mil mortes relacionadas á sida.