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Jovem usa karaté para retirar adolescentes do crime no Lubango

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  •  • Sábado, 12 Abril de 2025 | 16h52
Alunos da escola de karaté do Lubango
Alunos da escola de karaté do Lubango
Fátima Padre

Lubango - Um jovem angolano, de 30 anos, abriu uma turma de karaté com 50 aprendizes do bairro Comandante Cow-Boy, para prevenir que crianças e adolescentes da zona da periferia da cidade do Lubango, província da Huíla, caiam no mundo da delinquência e das drogas, algo comum na área.

A turma denominada “Kimekan”, surge não só para ensinar a arte, mas também ocupar os tempos livres dos adolescentes com disciplina, obediência e aprendizagem, num bairro marcado pela criminalidade, sobretudo furto, violações e homicídios.

Em entrevista hoje, sábado, à ANGOP, o promotor do projecto, primeiro do género na zona, Sebastião Pedro Bomba, disse que a falta de academias de artes marciais no bairro, a vontade demonstrada pelas crianças em aprender a lutar e o desejo que os pais em ver os seus filhos direccionados na sociedade impulsionaram a iniciativa.

Bomba, de 30 anos de idade, natural do Lubango, é faixa castanha no karaté e afirmou que as artes não ensinam apenas a lutar, mas também a ter disciplina, instrução, foco e determinação, pelo que é nessa vertente que a turma trabalha há já dois meses.

Frisou que inicialmente a turma foi criada com fundos próprios, mas hoje já conta agora com o apoio da “academia mãe” Kimekan, que já existe há oito anos. A nova turma integra alunos de sete e 17 anos de idade, dos dois géneros.

Realçou que as aulas são ministradas às segundas, quartas, sextas-feiras, com duração de uma hora e trinta minutos, com uma quota semanal de 300 kwanzas por criança, dinheiro que serve para aprovisionar a logística.

Pediu maior envolvimento dos pais, da sociedade em geral, assim como da Associação Provincial de Karaté, no sentido de criar e melhorar as condições do espaço e de equipamentos para o conforto dos pequenos, pois projecta começar a inscrevê-los nas provas locais.

O presidente da Associação provincial de Karaté Do e Shotokan, Juka Fernandes, destacou a importância da existência desses grupos na comunidade a disseminar a modalidade para a promoção de saúde, ocupação dos tempos livres das crianças e posteriormente avançar para a competitividade, tanto local, provincial, nacional ou internacional.

Quanto ao grupo, avançou que recentemente deram alguns kimonos e preconizam um encontro para falar de orientações e de regras, de forma mais profunda, da arte do karaté para quando mentor estiver a dar aulas saber transmitir.

“O praticante de artes marciais para além de treinar tem de saber que não pode lutar fora do ringue, o mínimo que pode fazer é ajudar alguém que esteja em perigo, mas não utilizar a arte na rua ao seu belo prazer ou com alguém que não treina”,

Para além deste grupo, há relatos de terem um outro na Mapunda, e por serem ainda uma direcção que tomou posse em Novembro de 2024, estão a trabalhar para identificar outros.   

Convidado a reagir à iniciativa, o presidente da Associação provincial de Karaté Do e Shotokan, Juka Fernandes, destacou a importância de existirem esses grupos na comunidade a disseminar a modalidade para a promoção da saúde, ocupação dos tempos livres das crianças e posteriormente a competitividade.

Informou que recentemente ofertou cinco fatos de treino à turma e preconiza um encontro para falar de orientações, de regras, de forma mais profunda o que é a arte do karaté.

O karaté tem origem no Japão, cujo conceito significa “mãos vazias”. É uma arte marcial japonesa com método de ataque e defesa pessoal, que inclui diversas técnicas executadas com as mãos desarmadas. MS





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