Menongue - Os cidadãos que beneficiaram hoje, segunda-feira, do Indulto Presidencial, na província do Cubango, no quadro das celebrações dos 50 anos da Independência Nacional, manifestaram-se totalmente reabilitados e prontos para a sua reinserção na sociedade.
A província do Cubango conta com quatro cidadãos, com idades compreendidas entre 29 e 46 anos de idade, que beneficiaram do perdão.
Em declarações à imprensa, no final do acto oficial de solturas, João Pedro Rasta, de 46 anos de idade, que havia sido condenado a cinco anos e três meses, por posse e comercialização de estupefaciente, tendo cumprido quatro anos e 11 meses, agradeceu o Estado pela protecção e reabilitação de que foi alvo durante o período de reclusão.
O cidadão, que cometeu o delito e tinha sido condenado na Comarca do Lubango, transferido posteriormente para as cadeias de Menongue, onde cumpriu a pena, afirmou que o próximo desafio prende-se em procurar emprego e ter uma vida social digna.
Por seu turno, Romeu Jamba Viegas , de 29 anos de idade, condenado a 4 anos de prisão, por vandalização de painéis solares que suportavam o sistema de abastecimento de água no bairro Samuel, arredores da cidade de Menongue, afirmou que durante o período de um ano e sete meses que esteve a cumprir parte da pena aprendeu que enquanto cidadãos devem contribuir na preservação dos bens públicos para a harmonia social.
“Preciso aceitar mais os conselhos dos meus familiares para arranjar trabalho digno. Vou me aplicar em trabalhos do campo”, sublinhou.
Tomás Luís Casssinda, de 39 anos de idade, outro beneficiário, afirmou que se não houvesse o Indulto Presidencial teria de permanecer na prisão até Dezembro de 2026, uma vez que foi condenado por quatro anos de prisão, pelo crime de abuso de confiança.
O mecânico de profissão mostrou arrependimento, tendo relatado que foi condenado depois de receber uma viatura para a reparação e não cumpriu com o acordo estabelecido, por isso, apelou aos demais para serem sinceros no cumprimento dos acordos de negócio.
Na ocasião, o juiz presidente do tribunal de comarca de Menongue, Jones Paulo, comentou que, nos últimos meses, o tribunal tem recebido, do Serviço Prisional, reclamações de que muitos reclusos, depois de soltos por término do cumprimento da pena, outros por liberdade condicional, não adoptam comportamento aceitável e voltam a prisão.
Por isso, para os cidadãos restituídos à liberdade apelou para não seguir o exemplo anterior, mas que se portem como bons cidadãos, demonstrem a confiança, bom comportamento, respeito pela propriedade alheia, a integridade física, a saúde e vida dos outros.
“ Aos que ficam devem também se comportar bem porque pode haver possibilidade de soltura", concluiu MSM/ALK/PLB