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IDA capacita técnicos sobre produção e fitossanidade vegetal

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  • Huambo • Segunda, 21 Abril de 2025 | 17h34
Técnicos do IDA formados em Produção e Fitossanidade Vegetal
Técnicos do IDA formados em Produção e Fitossanidade Vegetal
Zeferino Zinga-ANGOP

Huambo – Trinta técnicos do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA) participam desde hoje, segunda-feira, no Huambo, no I curso de Produção e Fitossanidade Vegetal, no quadro do Projecto de Transformação da Agro-pecuária Familiar de Angola (MOSAP 3).

Trata-se quadros do Ministério da Agricultura e Florestas de 18 das 21 províncias do país, com excepção do Cuando, Icolo e Bengo e Moxico-Leste, que estão a ser dotados de conhecimentos técnico-científicos, para promover a utilização racional e sustentável dos factores que compõem os sistemas de produção nacional.

Com a duração de 25 dias, a formação teórico-prática, aberta no auditório da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA) da Universidade José Eduardo dos Santos (UJES) pretende, entre outros, que estes sejam capazes executar programas de manejo e controle de doenças, pragas e plantas daninhas à produção vegetal.

A propósito, o coordenador do MOSAP 3, Francisco Gomes, explicou que o projecto, numa iniciativa do Governo angolano, co-financiado pelo Banco Mundial com 260 milhões de dólares norte-americano, visa atingir 111 mil 200 famílias, o que perfaz, pelo menos, 500 mil pessoas ao longo da sua vigência.

Disse ser uma iniciativa inovadora, uma vez que incorpora no escopo as vertentes da agricultura, da veterinária e da irrigação, para além de grande pendor sobre o impacto ambiental.

Sem entrar em detalhes, realçou que o MOSAP 3 está composto por quatro componentes, nomeadamente as escolas de campo, de desenvolvimento, de gestão e de emergências.

No quesito da formação, Francisco Gomes disse que ao longo do desenho do projecto foi feito um diagnóstico de que é preciso reforçar a capacidade institucional dos funcionários do Ministério da Agricultura e Florestas, que, apesar de terem conhecimentos, possuem algumas debilidades no saber fazer.

Por isso, informou que, para a pesquisa e desenvolvimento, o MOSAP 3 tem disponível um valor estimado em 15 milhões de dólares norte-americanos, o que é uma oportunidade soberana para as academias colaborarem com o projecto nos diversos cursos, em articulação com o ministério de tutela.

Por sua vez, o director do gabinete da Agricultura, Pecuária e Pescas da província do Huambo, João Lara Hotalala, disse que a formação é uma oportunidade para os técnicos do IDA aprofundarem as matérias essenciais para o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar e a promoção da saúde das plantas.

Adiantou que o curso vai explorar as técnicas inovadoras, práticas sustentáveis e princípios fundamentais, que contribuirão, significativamente, para o aumento da produtividade agrícola e a preservação do meio ambiente.

No discurso de abertura, a reitora da UJES, Virgínia Quartin, lembrou o facto de agricultura familiar ocupar cerca de 80 por cento da produção alimentar, daí ser necessário adoptar projectos do género, que visam maior capacitação tecnológica nas mais diversas vertentes, que compõe todo processo produtivo.

A título de exemplo, salientou que, hoje, devido às alterações climáticas, já não se concebe a agricultura apenas de sequeiro, tal como se fazia há algum tempo, devendo, para tal, introduzir o sistema de rega durante o processo produtivo.

Em termos de fertilização dos solos, Virgínia Quartin disse ser necessário que haja uma formação que tenha em conta o tipo de solo e qual vai ser o adubo a ser aplicado, em função das suas características e propriedades químicas e físicas, para uma agricultura familiar forte em Angola.

Neste campo, informou que a FCA tem projectos de investigação em curso e docentes qualificados, para alicerçar a área da fertilização, sendo necessária uma forte articulação entre a academia, o Ministério da Agricultura e Florestas e as organizações não-governamentais, que trabalham, directamente, com as comunidades.

Iniciado há dois anos, o MOSAP 3, com término previsto em 2029,  tem o objectivo de aumentar a produtividade agrícola e promover a resiliência climática dos pequenos produtores em várias regiões de Angola.  ZZN/JSV/ALH



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