Bruxelas - A NATO vai ter um novo sistema de combate baseado em Inteligência Artificial, que será implementado no Comando Aliado de Operações e que, segundo indicou hoje a Aliança, será um "passo significativo" na modernização das capacidades da organização, noticia a Lusa.
O quartel-general militar aliado (SHAPE), em Mons, no sul da Bélgica, disse, num comunicado, que a Agência de Comunicações e Informação da NATO (NCIA) e a Palantir Technologies empresa informática norte-americana, especializada em serviços para o governo dos Estados Unidos e da área financeira concordaram em adquirir o sistema, denominado Palantir Maven Smart System NATO (MSS NATO).
O director-geral da NCIA, Ludwig Decamps, afirmou que a tecnologia fornecerá à NATO "capacidades de Inteligência Artificial de ponta e personalizáveis e as ferramentas necessárias no campo de batalha moderno para operar de forma eficaz e decisiva".
A capacidade MSS da NATO permitirá aos comandantes e aos combatentes tirar partido, de forma segura e protegida, da Inteligência Artificial de ponta em operações militares importantes.
Ao dotar a Aliança de uma capacidade comum de combate baseada em dados, através de uma vasta gama de aplicações como a modelização de grandes linguagens ou a aprendizagem generativa e automática, a MSS vai melhorar a fusão de informações e a definição de alvos, a consciência do espaço de batalha e o planeamento, além de permitir acelerar a tomada de decisões, explicou a NATO.
A NATO referiu que espera depois adoptar outras capacidades inovadoras que estão a ser desenvolvidas em toda a Aliança, como modelos de Inteligência Artificial, modelação e simulação.
A iniciativa "demonstra uma parceria forte e duradoura entre a base tecnológica dos EUA e da Europa", afirmou a NATO, salientando que a aquisição do MSS foi "uma das mais rápidas da história" da organização.
Desde a definição dos requisitos até à contratação do sistema passaram seis meses e este será colocado no terreno nos próximos 30 dias. AM