Cairo - Uma delegação do grupo islamita palestino Hamas está este domingo no Cairo para conversar com mediadores egípcios sobre a possibilidade de um cessar-fogo e troca de reféns e prisioneiros com Israel, segundo fontes policiais locais.
As fontes, noticiadas pela agência espanhola EFE, apontaram que a delegação é chefiada pelo negociador do Hamas Khalil al-Haya e que este está de visita à capital egípcia a convite do Cairo, que faz, com Qatar e Estados Unidos da América, a mediação entre o grupo e Israel.
Em comunicado, o Hamas declarou que os encontros no Cairo "fazem parte dos esforços envidados pelos mediadores, o Egipto e o Qatar, para chegar a um acordo que ponha termo à agressão israelita na Faixa de Gaza".
Al-Haya sublinhou que o grupo "encara de forma positiva qualquer proposta que garanta um cessar-fogo permanente, a retirada total de Israel da Faixa de Gaza e um acordo sério de troca de prisioneiros que ponha fim ao sofrimento do povo palestiniano".
O negociador do Hamas, bem como outros membros do grupo, já admitiram a possibilidade de libertar o resto dos reféns israelitas vivos de uma só vez em troca de uma retirada total das forças israelitas de Gaza e o fim definitivo da guerra.
O grupo disse a Israel na terça-feira que a única forma de libertar os reféns que detém é através do regresso às negociações e que a escalada militar "não devolverá os prisioneiros vivos, mas ameaça as suas vidas".
Uma trégua mediada pelos Estados Unidos, Egipto e Qatar entre 19 de Janeiro e 17 de Março permitiu o regresso de 33 reféns a Israel, incluindo oito mortos, em troca da libertação de cerca de 1800 prisioneiros palestinianos.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tem afirmado que o aumento da pressão militar é a única forma de obrigar o Hamas a devolver os reféns.
Em Gaza, o Ministério da Saúde do Hamas anunciou que pelo menos 1.563 palestinianos tinham sido mortos desde 18 de Março, elevando para 50.933 o número de mortos no território palestiniano desde o início da destrutiva ofensiva israelita em retaliação do ataque de 07 de Outubro. JM