Luanda - Os membros do Conselho de Honra, órgão de consulta do líder do MPLA, encorajaram, este sábado, o Presidente do partido e da República, João Lourenço, a prosseguir com a sua acção em prol do bem-estar do país e dos angolanos.
Em comunicado da primeira reunião desse órgão, os membros encorajaram o Presidente João Lourenço a prosseguir a sua acção no plano político, económico, social, diplomático e de segurança.
Segundo o documento, os membros do Conselho de Honra esperam "que Angola continue a salvaguardar a estabilidade das suas instituições, bem como a melhoria do seu desempenho económico".
Esperam, igualmente, que Angola continue a salvaguardar "a eficácia da sua acção social e do combate às práticas nocivas como a corrupção, o nepotismo e a impunidade".
Na reunião desse sábado, os membros do órgão de consulta do Presidente do MPLA exortam os angolanos a comemorar com júbilo e responsabilidade o dia da Paz e Reconciliação Nacional, o 4 de Abril.
No encontro, segundo o comunicado, João Lourenço apresentou aos membros do Conselho de Honra uma "informação substancial" sobre o estado operacional e de funcionamento do partido, bem como sobre a situação política, económica e social do país.
Na ocasião, os membros do Conselho de Honra congratularam-se com as informações recebidas, formularam o seu ponto de vista, apresentando propostas e considerações "que mereceram a devida atenção do Presidente do partido".
"O país vive num clima de paz que deve ser preservado e servir de pressuposto fundamental e incontornável para o desenvolvimento de Angola" e "a melhoria contínua das condições de vida das populações", lê-se no documento.
Realizada no Complexo Futungo II, em Luanda, a reunião contou com a presença da maioria dos seus membros e dos membros do Secretariado Bureau Político do MPLA, como convidados.
Nacionalistas enaltecem realização do encontro
Em declarações à imprensa, no final do encontro, o nacionalista Diogo Ventura disse terem sido discutidas "questões importantes" que vão contribuir para que o futuro seja melhor em Angola.
Membro do “Processo 50”, Amadeu Amorim considerou, na ocasião, que o Presidente precisava ouvir pessoas mais velhas e idóneas, tendo sugerido a inclusão de representantes de outras províncias para ter uma noção mais aberta e correcta da situação e sobre a melhor forma de fazer o país caminhar.
O nacionalista manifestou-se contrário aos que se dizem comprometidos com a paz e a reconciliação nacionais mas que usam a redes sociais para apelar à inércia, sem ter em conta os interesses nacionais.
Amadeu Amorim declarou ser necessário evitar conflitos ou guerras, como as que o país viveu, referindo que a África de hoje dá razão ao Presidente João Lourenço, ao ponto de o considerar “campeão da paz” no continente.
Alertou para o perigo de manobras divisionistas do ocidente, com as tentativas de dividir a República Democrática do Congo (RDC) para se aproveitar das suas riquezas.
Já Maria da Conceição Kaposso afirmou que foram apresentadas várias propostas ligadas à necessidade de melhoria do abastecimento alimentar, água e energia, acreditando em melhorias no fornecimento destes serviços nos próximos tempos.
Maria Kaposso valoriza a paz como a maior das conquistas do povo angolano, resultando na facilidade da circulação de pessoas e bens pelo território nacional e pelo aumento de número de empregos.
A rainha do “4 de Fevereiro, Engrácia Cabenha, realcou o empenho do Executivo na melhoria das condições dos angolanos.
O conselho de Honra do MPLA, de que fazia parte o anterior Presidente José Eduardo dos Santos, congrega antigos dirigentes e figuras históricas do partido que forma o Governo.
Entre as figuras históricas estão Lopo do Nascimento, Roberto de Almeida, Luzia Ingês “Inga” e a viúva o primeiro Presidente da República, Maria Eugénia Neto.
De entre as mais de duas dezenas de personalidades que integram o referido órgão estão, igualmente, os veteranos Julião Mateus Paulo “Dino Matross”, Hermínio Escórcio, Desidério Costa, Santana André Pitra “Petroff”, Brito Sozinho, Dombele Bernardo, Paulo Cassoma, Albina Assis e António dos Santos França “Ndalu. JFS/AL