Luanda - O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, ressaltou, esta quinta-feira, em Luanda, a estratégia do Executivo de reduzir os custos operacionais da indústria diamantífera nacional, face à baixa do preço do produto no mercado internacional.
O governante falava à imprensa no final de um encontro de reflexão sobre o futuro da indústria diamantífera perante o actual contexto do mercado Internacional.
Sublinhou que o preço constitui ainda um aspecto negativo, havendo, nesta altura, um stock considerável para venda, apesar de o país alcançar o marco histórico de 14 milhões de quilates em 2024.
A par da diminuição dos custos operacionais, falou igualmente da concentração da proprodução na transição energética e defesa do diamante natural, em detrimento do sintético.
Apesar destes contratempos, reconheceu que a "a indústria diamantífera está mais madura, na medida em que dispõe de capacidade para desenvolver projetos neste ramo, como a Sociedade Diamantífera do Luele, na província da Lunda Sul".
Associado a isso, está a montagem de um laboratório para análise de micro-diamantes no Dundo, província da Lunda Norte, acoplado aos institutos geológeológicos.
Segundo o ministro, o objectivo é acrescentar valor aos diamantes angolanos, para que o Estado e demais intervenientes no sector possam melhorar as suas receitas e os aspectos ligados ao reforço da inclusão das comunidades.
Pretende-se igualmente a melhoria dos aspectos de transparência, bem como da traceabilidade e inserção do país no mercado internacional.
Por outro lado, Diamantino Azevedo recordou que o actual contexto geopolítico mundial, marcado pelas sanções à Rússia, devido ao conflito com a Ucrânia, obrigou o país a trabalhar com a Alrosa, multinacional russa do sector, na busca de uma solução que não contribuísse para a desvalorização das empresas angolanas Catoca e a Sociedade Mineira de Luele, que contribuem cerca de 89% da produção interna.
Realizado à porta fechada, o encontro juntou responsáveis de eempresas superintendidas pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.
Durante o mesmo, foram abordados temas ligados ao estado actual da ENDIAMA, o preço do diamante no mercado Internacional, o futuro da Sociedade Mineira de Catoca, a relação entre este sector e as organizações internacionais, bolsas de diamantes e joalharias. ACC/VC