Ndalatando - A falta de apoio está a condicionar a continuidade do Programa de Apoio à Produção Nacional (PROJAPRON), em implementação no Cuanza-Norte, desde 2020, informou, nesta segunda-feira, o secretário executivo do Conselho Provincial da Juventude (CPJ), Faustino Gaspar Domingos.

Implementado pelo Conselho Provincial Juventude (CPJ), o PROJAPRON está paralisado, desde 2023, por falta de apoio.

O projecto visa apoiar as iniciativas do Executivo no sector produtivo e promoção da empregabilidade da juventude, nas áreas da agricultura, pesca, aquicultura, apicultura e pecuária.

Contempla a concessão e facilitação da legalização de terras pelas administrações municipais para a prática de agricultura e programas de crédito, através do projecto Agro-jovem.

Segundo o responsável associativo juvenil, em declarações à ANGOP, este programa já beneficiou mais de 200 jovens desde o seu lançamento na província.

 Os beneficiários foram contemplados com cerca de 500 hectares de terras em 10 municípios, dos quais três jovens beneficiaram de créditos do Fundo de Apoio à Agricultura (FADA).

No princípio, informou,  o programa tinha o apoio das administrações municipais com a distribuição de inputs agrícolas, sementes e preparação de terras, com recursos do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate a Pobreza (PIDLCP).

Segundo Faustino Domingos, a retirada destes apoios está a condicionar a continuidade do projecto que já resultou na colheita de mais de cinco mil toneladas de produtos diversos entre 2020 e 2022.

 “A administração garantia os inputs e terras aráveis e o CPJ seleccionava  os jovens e havia bons resultados, depois deixaram de fornecer estes apoios o que fez baixar a produção e a empregabilidade”, disse.

Sublinhou que a ausência desses apoios reduziu o empenho dos jovens na actividade agrícola, apesar da existência de alguns campos que lutam para a sua ampliação.

Para este ano, além de relançar a produção agrícola, o CPJ tenciona criar quatro cooperativas de produção de pão caseiro, com garantias de criação de 44 postos de trabalho para jovens, num investimento avaliado em um milhão de Kwanzas.

Com vista a sua materialização, está em vista a assinatura de um protocolo de cooperação com a Escola de Artilharia Anti-aérea das Forças Armadas Angolanas (FAA), para a formação de jovens na produção de pão para a comercialização. DS/IMA/YD