Kinshasa – O governo da República Democrática do Congo procedeu ao lançamento da primeira pedra para a construção da Zona Económica Especial (ZEE) de Musompo, no que foi considerado um passo histórico em direcção à transformação económica do país.
De acordo com o jornal La Prospérité, a cerimónia foi orientada na quarta-feira, 26 de Março, na província de Lualaba, pelo ministro da Indústria e Desenvolvimento de PMEs-PMIs, Louis Watum Kabamba, Ministro da Indústria e Desenvolvimento de PMEs-PMIs,
Este ambicioso projecto, dedicado ao desenvolvimento da cadeia de valor de baterias eléctricas e veículos eléctricos, materializa a visão do Presidente Félix Antoine Tshisekedi Tshilombo para uma RDC industrializada.
Na cerimónia Deny Le Couturier, diretor-geral do Conselho Congolês de Baterias (CCB), explicou a posição estratégica da RDC na indústria global de baterias eléctricas, graças aos seus recursos naturais únicos.
Por sua vez, Auguy Bolanda, diretor- geral da Agência de Zonas Económicas Especiais (AZES), insistiu na dimensão nacional e internacional da ZEE de Musompo, que será um modelo de desenvolvimento industrial para o país.
Por seu lado, Fifi Masuka Saini, governadora de Lualaba, saudou o projecto como uma alavanca essencial para a transformação de matérias-primas locais em produtos acabados. Destacou o impacto positivo esperado na economia local e nacional, principalmente por meio da criação de empregos e do apoio às pequenas e médias indústrias.
No seu discurso, o ministro Louis Watum Kabamba incluiu essa iniciativa em uma abordagem global de transição energética, promovendo energia verde e tecnologias sustentáveis.
Antes de lançar a primeira pedra, o ministro convidou os presentes a observaren um minuto de silêncio em memória do povo congolês afetado pelos conflitos no leste do país, num momento cheio de emoção e solidariedade com as populações de Kivu e Ituri.
A Zona Económica Especial de Musompo, que cobrirá mais de 900 hectares, marca um ponto de viragem na estratégia de desenvolvimento industrial da RDC. Graças à sua riqueza em cobalto, lítio, manganês e níquel, o país poderá diversificar a sua economia tornando-se um player importante na indústria global de baterias e veículos eléctricos.
O projeto prevê a criação de 25 mil empregos directos e 60 mil indiretos, além de investimentos estimados em US$ 2 biliões (Um dólar equivale a cerca de 900 kwanzas). Esses números prometem impulsionar a região, ao mesmo tempo em que apoiam a economia nacional por meio de infra-estruturas modernas e fortalecem pequenas e médias empresas locais.
Com esta iniciativa, a RDC não se limita mais a ser uma fornecedora de matérias-primas, mas se estabelece como um player industrial estratégico. ADR