Benguela - A Aliança Evangélica de Angola (AEA) celebrou este domingo, na cidade de Benguela, o seu jubileu dos cinquenta anos (1974-2024), com um programa especial dedicado à evangelização, à "unidade do corpo de Cristo e o resgate das almas".

Falando à imprensa, o seu presidente, reverendo Francisco Domingos Sebastião, afirmou que a AEA está num bom caminho, tendo começado com pouco menos de cem mil fiéis e hoje em dia conta com mais de seis milhões, a nível do país.

"Não podemos nos dar por satisfeitos. Vamos continuar com a nossa missão de educar o povo e ser pparceiro do Estado no que toca ao desenvolvimento social, psicológico e espiritual do próprio povo de Deus", considerou.

Francisco Sebastião apoiou-se no lema da Aliança, "Unidade no Essencial", para fortalecer o sentimento de unidade e o respeito pela liberdade do outro.

"Quando alguém não respeita a liberdade do outro, esta pessoa cria conflito entre ambas", alertou.

Questionado sobre o indulto a reclusos, recentemente promovido pelo Presidente da República,  João Lourenço, o reverendo assegurou que a igreja "aplaudiu com veemência".

"O Presidente deu um passo importante, não apenas para a pacificação do espíritos, mas para a unidade do próprio país, e a sociedade começa a compreender que perdoar é divino", considerou.

Para ele, o povo deve compreender que estamos a viver uma nova etapa de perdão, em que todos devem trabalhar juntos para o desenvolvimento e bem-estar da sociedade.

A vandalização dos bens públicos foi igualmente um assunto com o qual o reverendo avançou o seu ponto de vista.

Na sua opinião, a igreja e o Estado devem continuar a trabalhar para que a sociedade angolaba compreenda que o bem-estar é a razão da independência nacional.

"No meio deste conjunto de povos, há aqueles que ainda são desavindos e o nosso apelo é: tudo que é publico é nosso. Quem estraga a casa dele, acaba por dormir ao relento", alertou.

Sobre a responsabilidade social, disse que a AEA aposta forte na Saúde e Educação.

"Temos duas clínicas de grande porte, uma em Luanda e outra no Lubango, e vários postos médicos espalhados por várias províncias", esclareceu.

Em relação à Educação, destacou o Instituto Superior Politécnico do Lubango, que tem vindo a formar muitos quadros em várias áreas do saber, e também as iniciativas particulares dos membros da Aliança.

Em termos de localização fora do país, o presidente afirmou que em África a AEA está presente na Namíbia, África do Sul, Zimbabwe e Moçambique, na Eurupa está representada em Portugal, Espanha, Bélgica, Inglaterra, França e tem núcleos na Alemanha e na Polónia.

Na América do Sul encontra-se no Brasil, enquanto que na Ásia possui uma representação na Índia. TC/CRB