Lubango – Trezentas mil mudas de variedades de pomóideas, prunóideas e citrinos importadas de Israel estão a ser preparadas na Estação Experimental Agrícola da Humpata, na Huíla, para renovar os campos e diversificar a produção de frutas, já a partir de quarto trimestre deste ano.
Trata-se da introdução de variedades mais produtivas de macieiras, pereiras, ameixoeiras, cerejeiras, damasqueiros, ginjeiras e pessegueiros, dado que a maior parte dos campos de frutas, sobretudo da Humpata, tem a plantação envelhecida.
É uma iniciativa que visa manter a produção de frutas na Huíla, incentivar os produtores e substituir as árvores desgastadas, para contrapor a queda na produção que se observa nos últimos anos.
Na Campanha Agrícola 2023-2024 a província colheu 21 mil 617 toneladas de frutas, que tiveram como destino as províncias do Cunene, Cuando, Cubango, Namibe, Huambo, Benguela e Luanda.
A Huíla é tradicional na produção de frutas e nos municípios que mais se destacam consta a Humpata, Chibia, Lubango e Matala, onde são cultivados cerca sete mil hectares de frutas diversas, produzidos por perto de 150 produtores, controlados pelo Gabinete Provincial da Agricultura, Pecuária e Pescas.
A informação foi avançada hoje, sexta-feira, pelo director da Agricultura, Pedro Conde Muanda, afirmando que o projecto de introdução de novas variedades provenientes de Israel vai ajudar a multiplicar a produção.
Acrescentou que tais culturas foram introduzidas na estação experimental agrícola da Humpata em 2016, depois da reabilitação da estrutura, seguindo-se uma etapa de multiplicação, já concluído, o que dará lugar à entrega aos produtores dentro seis meses.
Informou haver um outro projecto de reintrodução de laranjeiras, tangerineiras e limoeiros, numa com a Associação Agro-Pecuária, Comercial e Industrial da Huíla (AAPCIL), cujo foco são, também, os produtores da Humpata, município com clima tropical e propício para o cultivo de frutas.
“A intenção é aumentar a área de produção para que possamos ter maior disponibilidade de fruta para consumo, por isso adoptamos o desafio de introduzir paulatinamente de novas variedades, para substituir as tradicionais envelhecidas”, manifestou
Grande parte da fruta produzida na Huíla, segundo Pedro Conde Muanda, é comercializada em consumo fresco, ou directo, da área de produção para à população, e a restantes, para aqueles que têm pequenas unidades industriais têm estado a transformar em polpas, sumos, doces, entre outros derivados.
Das principais pragas que afectam os citrinos, a fonte apontou a mosca branca e a cochonilha, razão pela qual têm estado a sensibilizar os produtores na aplicação de insecticidas para o combate, mas não criam grandes constrangimentos na produção.
Explicou que quando a irrigação é permanente, a produção de citrinos acontece todo o ano, logo, nas épocas secas são as que mais aparecem tais pragas.
A produção de frutas na Huíla está subdividida por áreas, a Humpata, Chibia e Lubango em citrinos e frutas como a maçã, pêra, uvas, já a da Matala é mais propícia para manga, assim como o município da Jamba, na produção de abacate e goiaba. EM/MS