Luanda – A deslocação do líder norte-americano, Joe Biden, a Angola, para um período de três dias, continua a marcar os noticiários da imprensa mundial, com análises sob os mais variados ângulos.
De acordo com a Fox 59, Joe Biden está a aproveitar a primeira visita a Angola de um Presidente dos EUA para promover grandes investimentos modernos de Washington nesta nação da África Subsaariana e para ver o Museu da escravatura, onde reconhecerá como o tráfico de seres humanos outrora ligava as economias das duas nações.
Acrescenta que uma peça central da sua viagem é mostrar o compromisso dos EUA de três mil milhões de dólares para o Corredor do Lobito, uma remodelação ferroviária que liga a Zâmbia, a RDC e Angola e que visa facilitar a exportação de matérias-primas em todo o continente.
O projecto visa promover a presença dos EUA numa região rica em minerais utilizados em baterias para veículos eléctricos, dispositivos electrónicos e tecnologias de energia limpa.
Durante anos, os EUA construíram relações em África através do comércio, da segurança e da ajuda humanitária. A modernização ferroviária de 800 milhas (1.300 quilómetros) é um movimento diferente e tem nuances da estratégia de infra-estruturas estrangeiras do Cinturão e Rota da China em África e noutras partes do mundo.
Já o "Herald Sun" escreve que Biden chegou ao país de língua portuguesa, rico em petróleo, para uma visita centrada num projecto multinacional para reabilitar uma linha ferroviária que transporta minerais de países do interior para o Porto angolano do Lobito para exportação.
Fez ainda menção ao facto de as autoridades da capital angolana terem decretado dois dias de tolerância de ponto (3 e 4 de Dezembro).
No "Chicago Tribune" lê-se que o estadista norte-americano chegou na segunda-feira para a sua tão esperada primeira visita presidencial à África Subsaariana, sob os aplausos de milhares de pessoas em Angola, onde destacará um ambicioso projecto ferroviário apoiado pelos EUA.
No "Jornal de Notícias (JN)", dá-se ênfase ao facto de, logo à chegada, o Presidente norte-americano Joe Biden ter cumprimentado membros da comunidade residente em Angola no aeroporto internacional 4 de Fevereiro, onde foi recebido pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António.
O Air Force One, avião que transporta o chefe de Estado norte-americano, aterrou, como previsto, cerca das 17h55 e tinha à sua espera além do chefe da diplomacia angolana, o governador de Luanda, Luís Nunes, entre outras individualidades para os cumprimentos de boas vindas.
Joe Biden era também aguardado por membros da comunidade norte-americana, que cumprimentou durante alguns minutos, incluindo militares e algumas crianças.
Nas notícias da Fox 2 Now, as manchetes também fazem referência ao facto de milhares de pessoas terem aplaudido a chegada de Biden a Angola para a sua há muito prometida visita à África Subsaariana.
Nas páginas do The New York Times refere-se à chegada de Biden a Angola para a única visita à África Subsariana da sua presidência e talvez a sua última viagem ao estrangeiro antes de deixar o cargo.
Descreve ainda que o Força Aérea Um aterrou em Luanda, a capital angolana, por volta do pôr-do-sol e Biden seguiu para um evento cumprimentando os funcionários da Embaixada dos EUA.
Biden havia prometido há muito tempo visitar a África Subsaariana, mas a viagem foi adiada até as últimas semanas de sua presidência. Ele é o primeiro presidente americano a viajar para a região desde 2015.
De acordo com a CNN, Biden cumpre a promessa de visitar a África, salientando que a viagem proporciona outra oportunidade de cimentar relações com um parceiro-chave dos EUA em África.
Através da BBC os repórteres descrevem que a visita procura sublinhar uma tentativa dos Estados Unidos de se concentrarem mais no comércio e no investimento pesado em infra-estruturas.
Esta mesma perspectiva descreve o espanhol El País.
A Fox News salienta ainda que a deslocação do Presidente Joe Biden a Angola é vista por muitos como uma tentativa deste estadista de deixar um legado. SC