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Imprensa russa classifica como sucesso visita de Putin a China

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  •  • Quinta, 19 Outubro de 2023 | 16h47
Presidente da Rússia, Vladimir Putin
Presidente da Rússia, Vladimir Putin
Pedro Parente-ANGOP

Moscovo - O acolhimento do Presidente russo Vladimir Putin, em Pequim, e a pujança económica chinesa e asiática são apontadas hoje pela imprensa russa como um sucesso para o país, que enfrenta sanções dos países ocidentais devido à invasão da Ucrânia.

Vladimir Putin participou no 3.º Fórum da Iniciativa Faixa e Rota em Pequim e de um longo encontro com o Presidente chinês, Xi Jinping, tendo a imprensa russa apresentado a Ásia como uma fonte de oportunidades para a Rússia.

O estadista falou de "complementaridade" entre os projectos globais de infraestruturas do seu país - Grande Parceria Eurasiática, e chinês, Faixa e Rota.

"Estamos interessados na iniciativa chinesa Faixa e Rota. Trabalharemos no mesmo sentido, não há competição entre nós", disse Putin.

Por seu turno, o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, "garantiu" ao diário Izvestia que "os mercados de combustíveis asiáticos vão crescer sem parar", permitindo a exportação daquele que é o principal produto da economia russa.

"A Ásia, toda ela, está a desenvolver-se rapidamente", disse Novak, apontando a China como o centro de gravidade económico da região.

"De acordo com todas as estimativas de reconhecidos especialistas, na próxima década a economia asiática crescerá a um ritmo superior à média mundial, mais do que a da Europa e a dos Estados Unidos da América. Torna-se claro, por conseguinte, que o consumo de energia aumentará nesta região", disse Novak.

Citado na quarta-feira pela agência noticiosa oficial Xinhua, o líder chinês elogiou o estado das relações entre os dois países e sublinhou que a "confiança política está a aprofundar-se de forma constante", com uma "coordenação estratégica estreita e eficaz e o comércio bilateral em máximos históricos".

"Encontrámo-nos 42 vezes nos últimos dez anos. Desenvolvemos uma boa relação de trabalho e uma profunda amizade", afirmou.

"A confiança política mútua está a aprofundar-se de forma constante e a cooperação estratégica é eficaz e estreita. O comércio bilateral atingiu máximos históricos, caminhando firmemente para o objectivo que estabelecemos de 200 mil milhões de dólares por ano", acrescentou o líder chinês.

Recordando que no próximo ano se assinala o 75.º aniversário desde o estabelecimento das relações entre os dois países, Xi disse que o seu país quer "enriquecer ainda mais a cooperação bilateral", reflectindo a "responsabilidade" de China e Rússia enquanto potências, e continuar a contribuir para a modernização dos nossos dois países", afirmou o líder chinês.

O líder russo viajou a China apesar do mandado de captura contra si emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), devido a deportação ilegal de crianças ucranianas.

Em Pequim, Putin manteve longas negociações com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, que defendeu de acusações de ser "pró-Rússia" por regularmente opor-se ao apoio à Ucrânia prestado pela União Europeia.

"Trata-se de um disparate, pois Orbán não tem sentimentos pró-Rússia. Ele não é um político pró-Rússia, é um político pró-Hungria. Atacam-no, principalmente, devido à posição que assume, porventura, diferente da de outros líderes (...), mas porque tem a coragem de defender os interesses do seu povo, coragem que muitas figuras políticas na Europa de hoje não têm, não têm. Têm inveja e atacam-no", sublinhou Putin.

Segundo o Izvestia, a "retórica" europeia está a mudar e já ninguém sonha em derrotar a Rússia no campo de batalha, uma opinião manifestada pelo Presidente.

"Hoje em dia, [os europeus] já falam noutro tom, dizem que esses problemas devem ser resolvidos através de negociações pacíficas. Esta é a transformação que se esperava, a transformação no caminho certo. Até já o senhor Josep Borrell (alto representante europeu para os Negócios Estrangeiros) fala nisso, motivo para elogiá-lo", observou o líder russo.

"No entanto, isto não é suficiente, é necessário tomar medidas concretas", frisou. "A Ucrânia, por exemplo, deve admitir falhas óbvias. O problema é que ela só o fará com a permissão do Ocidente", adiantou o líder russo.

A China tem servido como 'tábua de salvação' de Moscovo, após a invasão da Ucrânia. O país asiático é agora o principal parceiro comercial e aliado diplomático da Rússia.

O líder russo viajou para a China com uma grande delegação de altos funcionários, incluindo dois vice-primeiros-ministros e responsáveis pelos negócios estrangeiros, desenvolvimento económico, transportes ou finanças.

Poucas semanas antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, Putin e Xi declararam, em Pequim, uma amizade "sem limites".

A China recusou condenar a Rússia pela invasão da Ucrânia e criticou a imposição de sanções internacionais contra Moscovo.AM/DSC





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