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Uma diplomacia activa em tempos de paz

Chefes das diplomacias da RDC, Angola e do Rwanda
Chefes das diplomacias da RDC, Angola e do Rwanda
Joaquina Bento - Angop

Luanda – Desde o alcance da paz definitiva em Angola, em 2002, a diplomacia tem sido um dos elos fundamentais para a elevação do país no concerto das nações, para além da atracção de investimento e promoção da estabilidade continental.

Por Francisca Augusto, jornalista da ANGOP

Nos últimos 23 anos o país conquistou um lugar na arena internacional que permite às suas autoridades defenderem os interesses do Estado e manterem boas relações políticase diplomáticas com vários países do mundo.

Trata-se de avanços significativos que ganharam consistência a partir de 2018, com o reforço da diplomacia económica ditada pelo Presidente João Lourenço, ante um quadro macroeconómico adverso e quase sombrio.

Entretanto, as conquistas registadas no actual consulado político são, também, o reflexo de um grande esforço diplomático realizado desde a altura do fim da guerra, que valeu, entre outros ganhos, a eleição de Angola para membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU para o biénio 2003-2004.

Angola ajudou a resolver muitas questões que dominavam a política internacional e se tornou referência para muitos países que procuraram ajuda para resolver as suas questões internas, à luz da experiência angolana.

Foi nessa senda, que vários líderes políticos, como o da Guiné Conacri (Alpha Conde), Guiné- Bissau (UmaroSissoco Embaló), São Tomé e Príncipe (Carlos Vila Nova ), Burundi (Evariste Ndayishimiye), Madagáscar (AndryRajoelina), Níger (Mohamed Bazoum ), República Árabe Saharaui Democrática, República Centro-Africana e muitos outros primeiros-ministros e enviados especiais escalaram Luanda, durante estes 23 anos de paz, para encontrar soluções de paz e estabilidade militar.

Trata-se de líderes de países fora da região geográfica de Angola que reconhecem o esforço do Executivo angolano para proporcionar a paz aos cidadãos nacionais e que partilha a sua experiência a favor de toda a África.

Portanto, Angola tem sido um exemplo para África e vê a sua diplomacia afirmar-se cada vez mais, com resultados positivos a todos os níveis.

O país tem-se firmado como uma potência no continente e procura sempre as melhores experiências para um sucesso cada vez mais coeso.

A sua diplomacia continua a somar pontos a nível internacional e a despertar a atenção das potências mundiais, que realçam, frequentemente, os esforços do país para a pacificação do continente, sobretudo dos Grandes Lagos, daí ter-se tornado numa “placa giratória” para a resolução de conflitos nesta região.

Nos últimos sete anos, Angola tem sido um exemplo de diplomacia e afirmação regional, ao participar activamente e conduzir, com equilíbrio, processos de pacificação e estabilização de regiões em conflito, alguns deles de longa data.

Neste período, marcado por reformas profundas, sobretudo económicas, são visíveis os ganhos alcançados pelo país, desde a captação de investimentos estratégicos até à recuperação de activos, em vários pontos do mundo.

É por demais evidente, que os esforços diplomáticos das autoridades angolanas têm permitido melhorar a aceitação do papel estratégico em África, por um lado, e, por outro,atrair vários investidores internacionais.

Com a sua diplomacia económica e política, Angola tem vindo a melhorar a sua imagem junto de parceiros internacionais, graças à bem conseguida estratégia de melhoria do ambiente de negócios, apesar de ainda serem grandes os desafios para tornar cada vez mais efectivo o investimento privado.

Na verdade, o Estado angolano tem sabido estabelecer parcerias estratégicas e criar pontes junto dos grandes financiadores internacionais, a fim de assegurar a atribuição de empréstimos, financiamentos ou renegociação de dívidas.

De Estado sombrio e quase sem futuro, como foi caracterizada no período de guerra, Angola deu a volta por cima e tem vindo a afirmar-se, nos últimos anos, comoverdadeiro actor na estabilização de África, e uma fonte fértil para investimentos estratégicos, sobretudo dos Estados Unidos da América.

Aliás, não foi por acaso que o país conseguiu, em Dezembro, o feito histórico de receber, pela primeira vez, um Presidente dos Estados Unidos da América, no caso,Joe Biden, cuja deslocação a Luanda e Benguela deixou bem patente a forma objectiva e inequívoca como o mundo olha para o país.

Como, de resto, afirmou o antigo Presidente Joe Biden, Angola é um Estado cheio de oportunidades, que pode liderar o processo de transformação tecnológica e industrial em África, sobretudo no quesito da segurança alimentar.

A esse respeito, Angola advoga uma integração económica mais profunda em África, incluindo a promoção da Zona de Livre Comércio Continental Africana, em apoio à cooperação económica regional e o crescimento colectivo.

Com um vasto programa de reformas em curso, dá um bom exemplo para outras nações africanas que se esforçam por alcançar a diversificação económica e o crescimento sustentável. Isso posiciona-a como um modelo na utilização de recursos naturais para estimular um desenvolvimento económico mais amplo.

Esse destaque será evidenciado com a realização, em 2025, da Cimeira de Negócios EUA/África, que poderá reforçar o papel emergente de Angola como líder regional, conforme afirmou o ministro das Relações Exteriores, Téte António.

Ao sediar a Cúpula de Negócios EUA/África, Angola demonstra o seu papel activo na promoção do diálogo e da colaboração não apenas entre os EUA e a África, mas também entre as próprias nações africanas.

Este facto coloca, inquestionavelmente, Angola na vanguarda das discussões continentais sobre parcerias económicas.

Por isso, o país deve continuar a estabelecer parcerias económicas e colaborar com vizinhos para estabelecer zonas económicas compartilhadas, a fim de promover a integração e o desenvolvimento económico. Essas zonas podem atrair investimentos estrangeiros e servir de catalisadores regionais.

Política angolana

No contexto estritamente político, Angola pode enfatizar o seu compromisso com a paz e a estabilidade regionais, como, de resto, já fez com os recentes esforços de mediação de conflitos entre a RDC e o Rwanda.

Isso mostra a sua capacidade de liderança na promoção da segurança e de um ambiente estável propício ao comércio e ao investimento.

Fruto da sua experiência, o país pode servir de plataforma internacional para defender os interesses africanos em fóruns económicos globais, reforçando a sua posição como uma voz significativa para o continente no cenário mundial.

O país pode, ainda, liderar projectos de grande escala que conectam as nações africanas e aumentam o comércio regional e a mobilidade. Esse desenvolvimento não apenas facilita a integração económica, mas também posiciona Angola como hub africano.

A indicação de Angola para assumir a presidência da União Africana (UA), em Fevereiro de 2025, constitui um dos pontos mais altos da diplomacia, devendo enfrentaruma série de desafios, num continente onde abunda a instabilidade em várias regiões.

Para garantir um mandato bem-sucedido e auspicioso, Angola prepara-se em várias frentes, vem intensificandocompromissos diplomáticos com outros Estados-membros da UA, construindo alianças e elaborando uma agenda proactiva e dinâmica para o seu mandato. 

Ao sediar cúpulas de paz e se envolver activamente na resolução de conflitos, a pátria de Agostinho Neto  pode estabelecer-se como um mediador de confiança na resolução de disputas africanas, e expandir o seu “modelo” de paz e reconciliação, na perspectiva de um continente estável e pacífico. FMA/ART/ADR

 





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