Ondjiva – A Empresa Provincial de Águas e Saneamento do Cunene registou, este ano, prejuízos avaliados em 19 milhões e 500 mil kwanzas, devido à vandalização da conduta de 630 milímetros de transporte de Xangongo para Ondjiva.
A informação foi prestada esta quinta-feira, à ANGOP, pela administradora para a Área Financeira da referida instituição, Veridiana José, realçando que já ocorreram na conduta 13 roturas, fruto das acções da população local, o que tem criado limitações no abastecimento de água potável.
Fez saber que, por cada rotura, a empresa gasta um milhão e 500 mil kwanzas, desde a aquisição dos produtos químicos, manutenção do sistema a outros custos para repor o normal funcionamento dos serviços.
Informou que as práticas de vandalismo são frequentes nestes últimos meses mais quentes do ano, em que se regista escassez de água, o que leva a população a partir por essas práticas negativas, que têm como consequências custos elevadíssimos.
“Uma solução definitiva para dar água às populações que vivem ao longo do canal deve envolver o próprio Ministério da Energia e Águas e o Governo Provincial do Cunene, porque só a empresa não tem capacidade financeira para custear as despesas”, realçou.
Lembrou que, ao longo da conduta, foram colocados 18 chafarizes de água, mas não é suficiente, olhando para as distâncias que as populações andam para chegar a estes pontos.
Explicou que os técnicos da empresa estão, desde o dia 10 deste mês, a trabalhar para a recuperação de duas roturas em Ondjiva e na Môngua, com previsões de terminarem ainda hoje, quinta-feira, para a retomada do abastecimento de água.
A responsável afirmou que, em termos de despesas mensais, a empresa gasta, em média, 58 milhões e 970 mil kwanzas.
Veridiana José disse ainda que a cobrança mensal é, em média, de 33 milhões e 290 mil kwanzas, insuficiente para cobrir as despesas das empresas, pelo que, esses prejuízos acabam por dificultar os serviços.
Actualmente, a Empresa de Águas e Saneamento do Cunene controla nove mil e 600 clientes nas cidades de Ondjiva, Calueque, Xangongo, Humbe, Môngua, Santa Clara, Namacunde e Cahama.