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Karaté-Dó: Angola procura recuperar mística no continente

     Desporto              
  • Bié • Quarta, 22 Janeiro de 2025 | 16h58
Primeiro campeonato regional centro sénior de Karaté-Dó em Masculino no Bié
Primeiro campeonato regional centro sénior de Karaté-Dó em Masculino no Bié
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Cuito – A ausência no pódio a nível do continente desde 2005, altura em que Angola se sagrou vice-campeã africana, constitui uma das principais preocupações da actual direcção da Federação Angolana de Karaté-Dó (FAKD), que trabalha para recuperar a mística do país.

A pretensão foi manifestada pelo presidente da FAKD, Giliano André, que falava, recentemente, em declarações à ANGOP, sobre a situação actual e os desafios para o desenvolvimento da modalidade no país.

De acordo com o responsável, a ausência de Angola no pódio continental há 20 anos representa um grande retrocesso do karaté-do, que no passado era uma das mais favoritas e com um ranking bastante satisfatório, se comparar com os frutos que as demais têm colhidos nas competições deste calibre.

Ao recuar no tempo, lembrou que na década 80, 90 e princípio dos anos 2000, Angola era um dos países mais influentes da região 5, que alberga também a África do Sul, Namíbia, Botswana, Zimbabwe e Moçambique.

Entretanto, a partir de 2005, continuou, perdeu a evolução desportiva e a qualidade competitiva para disputar de igual para igual com os demais adversários, situação que tem contribuído negativamente no alcance de resultados satisfatórios e manter a  posição anterior.

Para o efeito, Giliano André apontou como meta da sua direcção a mudança do quadro, através da aposta na formação de atletas, para que atinjam o nível competitivo capaz de assegurar uma participação exitosa nas provas continentais.

Elencou 2025 como o ano de partida para o alcance dos objectivos desejados, onde, de acordo com o mesmo, Angola procurará competir na zona 5, com o desejo único de vencer e, em 2026,  resgatar um lugar no pódio do campeonato africano.

Assegurou que a Federação possui uma equipa jovem e coesa, alinhada com os desafios para a concretização deste desiderato.

Ainda em termos de estratégias, apontou a prevenção e luta contra o fenómeno da alteração das idades dos atletas e dopagem. 

Sem revelar casos registados a nível do Karaté-Dó, o responsável olha para a situação com bastante preocupação, por considerar um dos males que tem concorrido para o insucesso de alguns atletas.

Destacou também a aposta na mobilização da classe empresarial para apoiar a prática da modalidade e o seu desenvolvimento com a qualidade desejada.

Em termos de dificuldades, mencionou a escassez de infra-estruturas desportivas  e a falta de um mercado a altura no país para a aquisição de material desportivo.

Para mitigar esta situação, fez saber que a agremiação desportiva vai envidar esforços na distribuição, dentro das suas possibilidades, de material desportivo e cooperar com os governos provinciais na resolução do problema da escassez de infra-estruturas, quer administrativas, quer desportivas.

Conclusão da legalização das associações provinciais entre as prioridades

Fora da vertente competitiva, o dirigente desportivo revelou a existência de 15 associações províncias, das 18 actualmente controladas, com processos de legalização por se concluir, depois de realizado os pleitos eleitorais para o ciclo eleitoral 2024-208.

Explicou que, neste momento, apenas  Luanda e Huambo têm os processos eleitorais devidamente homologados por parte do Gabinete da Juventude e Desporto das respectivas províncias, remetendo os mesmos para o Cartório para a obtenção da certidão de admissibilidade e aguardam pela publicação no Diário da República.

Já as restantes, em se que destaca o Cuanza Sul, cujo processo está mais avançado, as restantes precisam seguir os mesmos trâmites legais, para a conclusão da sua legalização.

De forma paralela, anunciou a realização do trabalho de levantamento da base de dados do número geral de praticantes, academias e clubes a nível do país.

Expansão da FAKD nas novas províncias

Giliano André apontou ainda como desafios a expansão da FAKD nas províncias do Cuando, Icolo e Bengo e Moxico Leste, criadas no âmbito da nova Divisão Política e Administrativa do país.

Referiu que os trabalhos para a institucionalização das associações nestas província começarão em breve, visando a expansão da agremiação em todo território nacional.

Depois disso, prosseguiu, será efectuada uma alteração da região centro, onde serão desmembradas as províncias da Lunda Norte, Sul e Moxico, para se juntarem ao Moxico Leste, e formarem região leste, ficando na centro o Bié, Cuanza Sul e Malanje.

Com esta alteração, o país, de acordo com a divisão da federação, será composta por quatro regiões, contras as três anteriores, Centro, Sul, Norte e Leste, esclareceu.

PLANADESPORTO merece elogios da FAKDO 

O presidente da FAKD destacou as valências do PLANADESPORTO, um projecto da iniciativa do Ministério da Juventude e Desporto, referindo que o mesmo irá contribuir, significativamente, para o desenvolvimento das modalidades desportivas no país.

“Nós fizemos parte da sua arquitectura e pensamos ser um projecto bastante importante e um factor decisivo para galvanizar, cada vez mais, o desporto angolano nas suas mais variadas modalidades”, afirmou Giliano André.

De igual modo, destacou a actual liderança do Ministério da Juventude e Desporto que, na sua opinião, possui uma visão diferente que, para além de garantir a exequibilidade do PLANADESPORTO, relativamente a tudo que estiver planificado a nível do desportivo nas modalidades individuais e colectivas, vai permitir aumentar o ranking do país no continente e no mundo. VKY/PLB 





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