Nairobi (Dos enviados especiais)- O Presidente angolano, João Lourenço, homenageou Jomo Kenyatta, fundador da nação queniana, com a deposição de uma coroa de flores, este sábado, em Nairobi, Quénia, no mausoléu erguido em sua memória,
Acompanhado da Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, o Chefe de Estado, que efectua uma visita oficial de dois dias ao Quénia, prestou a homenagem diante do túmulo do africanista, localizado à entrada do parlamento queniano.
Primeiro Presidente do Quénia independente, Jomo Kenyatta governou o país de 1964 a 1978.
Jornalista e político, Jomo Kenyatta foi um activista e político anti-colonial, que governou o Quénia como Primeiro-Ministro de 1963 a 1964 e como Presidente de 1964 até à sua morte em 1978.
Foi o primeiro Chefe de Governo indígena e desempenhou um papel significativo na transformação do Quénia de colónia do Império Britânico em um país independente.
Ideologicamente nacionalista e conservador africano, liderou o partido União Nacional Africana do Quênia (KANU) de 1961 até a sua morte.
Kenyatta, filho de agricultores de Kikuyu, em Kiambu, na África Oriental Britânica, foi educado numa escola missionária e trabalhou em vários empregos antes de se tornar politicamente engajado através da Associação Central Kikuyu.
Em 1929, viajou para Londres com a finalidade de fazer lobby para reaver as terras da tribo Kikuyu.
Durante a década de 1930, estudou na Universidade Comunista dos Trabalhadores do Leste de Moscovo, na University College London e na London School of Economics
Em 1938, publicou um estudo antropológico da vida Kikuyu antes de trabalhar como lavrador em Sussex, durante a Segunda Guerra Mundial.
Influenciado por seu amigo George Padmore, abraçou ideais anticolonialistas e pan-africanas, co-organizando o Congresso Pan-Africano de 1945, em Manchester.
Retornou ao Quénia em 1946 e tornou-se director de uma escola. Em 1947, foi eleito presidente da União Africana do Quénia, por meio da qual fez lobby pela a independência do domínio colonial britânico, atraindo amplo apoio indígena.
Em 1952, estava entre os seis presos acusados de planear a revolta anti-colonial Mau Mau. Apesar de declarar a sua inocência – uma visão compartilhada por historiadores posteriores – foi condenado. Permaneceu preso em Lokitaung até 1959 e depois foi exilado para Lodwar até 1961.
Depois da sua libertação, Kenyatta tornou-se presidente do KANU e liderou o partido à vitória nas eleições gerais de 1963. Como Primeiro-Ministro, supervisionou a transição da colónia do Quénia para uma República independente, da qual se tornou Presidente em 1964.
Em 1975, Jomo Kenyatta reuniu à mesma mesa, em Nakuru, Quénia, os líderes dos movimentos de libertação de Angola, para o alinhamento de uma visão comum sobre a luta pela independência. ART/VIC/ADR