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Projecto da Baía de Moçâmedes vai permitir exportação do minério de ferro da região Sul

     Economia              
  • Namibe • Segunda, 04 Julho de 2022 | 17h23
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Governador do Namibe, Archer Mangueira, na abertura do 14º conselho Consultivo do Ministério dos Transporte que decorre na província
Governador do Namibe, Archer Mangueira, na abertura do 14º conselho Consultivo do Ministério dos Transporte que decorre na província
Anabela Fritz
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Participantes à abertura do 14º conselho consultivo do Ministério dos Transportes que decorre no Namibe
Participantes à abertura do 14º conselho consultivo do Ministério dos Transportes que decorre no Namibe
Anabela Fritz

Moçâmedes - O Projecto de Desenvolvimento Integrado da Baía de Moçâmedes vai dotar o Namibe de um Porto Mineiro com capacidade de escoar a produção de ferro de Kassinga, na Huíla, e do projecto siderúrgico do Cuchi, no Cuando-Cubango.

Essa iniciativa, uma das maiores que o sector dos Transportes está a desenvolver no país, deverá estar concluída dentro de três anos.

Esta afirmação é do governador provincial do Namibe, Archer Mangueira, que falava na abertura do 14º Conselho Consultivo do Ministério dos Transportes, que termina na próxima terça-feira e conta com a presença do titular do sector, Ricardo de Abreu.

Segundo Archer Mangueira, a conclusão deste projecto permitirá que o Porto Comercial passe a principal operador na região, com capacidade de transferência de carga entre navios de diferentes calados e um novo terminal de contentores com equipamentos apropriados para melhorar a eficiência da operação portuária e aumentar a competitividade.

Na mesma senda, disse que a infra-estrutura vai permitir que a carga actualmente operada a partir de Walvis Bay, na Namíbia, possar aceder directamente o território angolano, além de ser uma porta de saída privilegiada para as exportações angolanas e de países vizinhos sem acesso ao mar.

“Abre-se, assim, um horizonte particularmente rico em oportunidades de investimento e emprego, por via do desenvolvimento da economia circular, da economia azul, do aumento das exportações e da promoção do turismo”, destacou.

Entretanto, defende que essas oportunidades só serão materializadas se todas as partes envolvidas apostarem no desenvolvimento do empresariado e da economia da província, disse.

Na mesma senda, augura que, durante as obras, seja dada prioridade à subcontratação de empresas locais, permitindo o recrutamento e formação dos jovens namibenses para preencher as centenas de postos de trabalho directos que serão criados, em profissões que abarcam a gestão de operações portuárias, a logística, a tramitação de comércio exterior e a operação de equipamentos.

Apelou a Agência Marítima Nacional a estabelecer mecanismos de certificação destes profissionais e que possa implementar os códigos marítimos exigidos internacionalmente para colocar o nosso País na lista branca do Organismo Marítimo Internacional (OMI).

“Estou certo de que iremos aproveitar plenamente todas as externalidades positivas de um projecto desta dimensão e importância, cujo investimento, estimado em 600 milhões de dólares, é financiado em 85 por cento pelo Banco do Japão para a Cooperação e Internacional em 15% pelo Banco de Desenvolvimento da África Austral”, acrescentou.

Por outro lado, Archer Mangueira solicitou o apoio do sector dos Transportes na aquisição de autocarros para transporte público, pois a frota de transportes colectivos, tanto intermunicipal como no interior das circunscrições, é insuficiente, confrontando-se os namibenses com muitas dificuldades de locomoção.

Solicitou também o apoio em termos de meios aos camionistas e o aumento de frequências dos voos da TAAG para o Namibe.

Neste conselho consultivo, os participantes estão a abordar temas como Orçamento previsto e executado, Investimentos públicos e concessões, Transformação digital do sector, transição de institutos públicos para agências e autoridades, Criação da Agência Nacional dos Transportes Terrestres e da Agência Reguladora de Certificação de Carga e Logística de Angola,  Criação do Instituto Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes de Transportes e da Agência Marítima Nacional, entre outros.





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