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Economistas destacam importância do “Corredor do Lobito” na captação de divisas

     Economia              
  • Moxico • Quinta, 28 Setembro de 2023 | 14h39
Caminho de Ferro de Benguela CFB, parte do corredor do Lobito
Caminho de Ferro de Benguela CFB, parte do corredor do Lobito
Laite Tito - ANGOP

Luena - Economistas na província do Moxico ressaltaram hoje, quinta-feira, no Luena, a importância do Corredor do Lobito como um importante investimento para a captação de divisas, com vista a tornar a economia nacional mais robusta.

Ao falarem à ANGOP, sobre o impacto económico e social do investimento feito no Corredor do Lobito, os especialistas em matéria económica consideram ser um investimento sustentável, que permitirá dinamizar a economia nacional e dos Países de Desenvolvimento da África Austral (SADC).   

Para a concretização desiderato, o docente universitário da cadeira de Economia, Desenvolvimento e Estatística, Waite Chipango entende que esta aposta deve ser acompanhada com outros investimentos para melhor exploração desta importante infra-estrutura.

O país deve apostar no aumento da produção nacional, fundamentalmente, nos sectores da indústria, agricultura, pecuária e pesca, para a exportação, com vista ao equilíbrio da balança de pagamento com outras nações da região, disse o académico.


Incentivou a classe empresarial a tirar maior proveito das potencialidades que as províncias do corredor (Moxico, Bié, Huambo e Benguela) oferecem, mormente a madeira, mandioca, a produção do cimento, o peixe, as verduras e tubérculos, entre outros, para serem comercializados nos países vizinhos.

No mesmo pendor, o economista defendeu a materialização do projecto de asfaltagem em curso da Estrada Nacional (EN250), no troço Kuito/Luena/Cameia/Luacano/Luau, para completar o investimento, para garantir maior fluidez nas trocas comerciais segurança ao longo do corredor.

O académico aconselha, igualmente, a implementação de portos secos nas sedes províncias do corredor, para permitir o alargamento das plataformas logísticas.

Já, para o economista Isidoro Cassemene, o Corredor de Lobito poderá catapultar a indústria de aço, de construção e tecnologia do país, através dos mineiros provenientes da República Democrática do Congo, enquanto da Zâmbia “beneficiaremos da importação da carne, principalmente a bovina, a preço competitivo”.  


Esses sectores, disse o docente universitário das disciplinas de Macro e Micro Economia, poderão estimular a criação de vários postos de trabalho e dinamizar o desenvolvimento do país.

“O Corredor do Lobito é uma verdadeira placa giratória do comércio transfronteiriço em África, que vem para contribuir no ramo comercial do continente, sobretudo para os países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC)”, sustentou.    

O Corredor do Lobito está a ser gerido, desde Novembro de 2022, pelo consórcio Lobito Atlantic Railway (LAR), constituído pelas empresas Trafigura (49,5%), Mota-Engil (49,5%) e Vecturis S.A (1%). Cabe a empresa a prestação de serviços ferroviários e das infraestruturas logísticas de suporte do local.


Com um investimento inicial de 248.2 milhões de dólares, o projecto prevê criar, durante 30 anos de gestão, mil 900 postos de trabalho directos, dos quais mil 800 para cidadãos nacionais.

Compete ao gestor, Lobito Atlantic Railway, reabilitar, expandir e modernizar as infra-estruturas ferroviárias ao longo das províncias de Benguela, Huambo e Moxico num percurso de 1300 quilómetros e continua depois por 400 km na República Democrática do Congo (RDC) até Kolwezi, o coração do Copperbelt, na República da Zâmbia. LTY/TC/YD





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