Moscovo - A justiça russa condenou hoje entre 15 e 16 anos de prisão quatro militares ucranianos capturados na região fronteiriça russa de Kursk e acusados de terrorismo.
Segundo o Comité de Instrução russo, os condenados entraram ilegalmente em território da Rússia em Setembro de 2024, um mês depois do início da operação militar ucraniana em Kursk, segundo a agência Lusa.
Enquanto estiveram na aldeia de Snagost, os militares "intimidaram os residentes locais", ocuparam as suas casas e "impediram a retirada de civis" das zonas de combate, afirmaram os investigadores russos.
Além disso, a parte russa considerou os soldados inimigos culpados de abrir fogo sobre civis em Kursk.
A 13 de Fevereiro, a justiça russa condenou outros quatro militares ucranianos a longas penas de prisão por terem participado na incursão militar em Kursk.
O Ministério da Defesa russo estimou hoje em mais de 63.000 o número de mortos ucranianos em Kursk a 06 de Agosto de 2024.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou desde o início a sua intenção de trocar o território ocupado de Kursk por território ucraniano tomado pela Rússia em hipotéticas negociações, embora o Kremlin (Presidência russa) tenha rejeitado tal opção.
Desde o início da incursão ucraniana em território russo, o Exército russo conseguiu recuperar mais de 60% do território que a Ucrânia chegou a controlar. DSC/AM