Lobito – O Ministro angolano dos Transportes, Ricardo D’Abreu, considerou, esta quarta-feira, o Corredor do Lobito como um catalisador de integração de África no comércio global, soube a ANGOP.
Ricardo de D’Abreu proferiu estas palavras durante a segunda reunião do Comité de Ministros dos Estados membros do Corredor do Lobito, nomeadamente Angola, República Democrática do Congo e Zâmbia, realizada na cidade do Lobito.
Para o governante, o Corredor do Lobito responde à crescente procura por minérios críticos e outros recursos abundantes na região.
“As infra-estruturas que estamos a consolidar permitem reduzir o tempo de trânsito e custos logísticos, aumentando a competitividade da nossa região”, considerou.
O ministro reafirmou, com satisfação, o compromisso da ligação ferroviária à Zâmbia, um projecto que vai fortalecer os laços de cooperação entre os três países e abrir novas perspectivas para o desenvolvimento regional e intercontinental.
Disse, ainda, que o verdadeiro sucesso do Corredor do Lobito não se limita à construção de infra-estruturas físicas.
“O nosso objectivo maior é a criação de impacto económico e social duradouro, para o benefício de toda a região da África austral e central”, afirmou.
Afirmou que este é um momento crucial para o desenvolvimento económico e social de Angola, da RDC e da Zâmbia, e que é mais um passo na construção de uma plataforma de cooperação.
“Estamos finalmente a criar condições para transformar as nossas infra-estruturas e os seus recursos em benefícios reais e duradouros para os nossos povos”,
“Neste dia 22 de Janeiro, celebramos, sobretudo, avanços significativos que demonstram o compromisso dos Estados membros para o fortalecimento e dinamização económica e social”, disse o ministro.
Destacou, em particular, a formalização do modelo de governo da Agência de Facilitação de Transportes e Trânsito do Corredor do Lobito (AFTTCL), como um marco económico para assegurar a eficiência e a sustentabilidade das suas operações.
“Este modelo reflecte um compromisso partilhado entre os três países, para garantir que esta Agência produza resultados concretos, com impacto directo nas nossas economias e da região”, defendeu.
Segundo ele, também, é digno de realce o estabelecimento de um orçamento robusto e transparente que sublinhe a confiança depositada, nesta iniciativa, pelos Chefes de Estado dos três países.
Ricardo D’Abreu considerou que este orçamento vai assegurar que os recursos vão ser alocados de forma eficiente, garantindo a sustentação financeira da AFTTCL.
“Neste contexto, é encorajador o apoio manifestado por parceiros internacionais como os Estados Unidos da América, através da parceria para a infra-estrutura global e por entidades e países como a União Europeia, a Global Gateway Initiative, a Itália, o Reino Unido, além de instituições financeiras e de desenvolvimento africanas, que connosco partilham a esperança de termos um Corredor efectivamente operacional e eficiente”, sublinhou.
Na sua opinião, estas parcerias reforçam a importância estratégica do Corredor do Lobito no cenário global, transformando-o numa ponte de ligação entre mercados regionais africanos e mercados internacionais. TC/CRB