Talatona- Angola obteve um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,591%, que coloca o país na categoria de "Desenvolvimento Médio", no relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com dados relativos a 2023.
De acordo com a representante residente do PNUD em Angola, Denise António, que fazia, nesta quinta-feira, em Luanda, a apresentação do Relatório de Desenvolvimento Humano 2023-2024, sob o tema "Superando o Impasse: Reimaginando a Cooperação em Um Mundo Polarizado", Angola está na posição 150 , entre os 193 países e territórios com o IDH a crescer todos os anos.
O dados mostram que, entre 1999 (mil novecentos e noventa e nove) e 2022 (dois mil e vinte e dois),Angola registou melhorias nas áreas de valor do IDH que passou de 0,369 para 0,591%, tendo uma variação de 60,2 por cento, conforme narrou a oficial do PNUD.
A responsável disse que a esperança de vida, à nascença, passou de 45,4 para cerca de 61,9 por cento anos, uma variação de 16,5% anos, enquanto o nível dos anos de escolaridade melhoraram de 4,4 para 12,2% anos, registando uma variação de 7,8 por cento anos
Nesta senda de melhoramento, esta a média de anos de escolaridade, de acordo com a representante, que passou de 3,4 a 5,8 anos, tendo uma variação de 2,4% anos, por sua vez, o Rendimento Nacional Bruto (RNB) per capita aumentou de 3mil 735 para 5mil e 328 dólares, tendo registado um aumento de 42,6 por cento.
Informou que a recessão económica, prolongada pela pandemia de Covid-19, abrandou o referido progresso, onde as desigualdades também afectaram o desenvolvimento humano, a perda de IDH de Angola, devido à desigualdade que está estimada em 41,8por cento.
“A promoção da igualdade de género e do empoderamento das mulheres é fundamental para impulsionar o desenvolvimento humano. Por exemplo, em Angola, o valor do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das mulheres é muito inferior ao dos homens, enquanto as mulheres também têm um pior desempenho nos níveis de educação e ganham menos, em média”referiu.
Denise António referiu que se pode corrigir as desigualdades no desenvolvimento humano, mas tem de se aprender rapidamente algumas lições, tais como capitalizar as ligações globais, escolhendo a cooperação em vez do conflito, seguindo três ideias para uma acção imediata.
Para ela, as soluções estão em construir uma arquitectura do século XXI para os bens públicos planetários e a estabilidade climática, enfrentando os desafios, incluindo a digitalização dos bens públicos mundiais, a fim de alcançar uma maior equidade no aproveitamento das novas tecnologias para um desenvolvimento humano equitativo.
Reduzir as lacunas de agência, tornando as instituições mais centradas nas pessoas, co-proprietárias e orientadas para o futuro e repelir todas as formas de polarização, corrigindo as percepções erradas e a desinformação e criando espaços de deliberação que permitam ultrapassar as clivagens são algumas das soluções apontada pela governante .
Reconheceu que o Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027 e a visão a longo prazo, Angola 2050, são um reconhecimento dos esforços do Governo de Angola para promover o Desenvolvimento Humano.
O Secretário de Estado para o Planeamento, Victor Hugo Guilherme, disse que a divulgação do relatório de Desenvolvimentos Humano2023/24, é uma oportunidade de avaliar os resultados das implementação de políticas, programas e projectos pelo executivo, em parceria com os diferentes organizações sociais e para o desenvolvimento cujo o impacto é sintetizado pelo índice de Desenvolvimento Humano, assim como o de pobreza multemencional.MAG