Luanda – Mais de 46 mil profissionais, entre médicos, enfermeiros e técnicos, foram admitidos no sector da saúde em Angola, como resultado dos 23 anos de paz e reconciliação nacional, afirmou a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.

O memorando que ditou a paz e reconciliação em Angola foi rubricado no dia 4 de Abril de 2002, entre o Governo angolano e a UNITA, colocando um fim ao conflito armado que durou décadas.

Conforme a governante, que falava na quarta-feira, em Luanda, a formação de profissionais do sector, construção e reabilitação de infra-estruturas hospitalares, assim como o seu apetrechamento com equipamentos modernos, foram prioridades ao longo dos 23 anos de paz.

Hoje, Angola possui 3.346 unidades sanitárias, sendo 3.094 postos e centros de saúde, 173 hospitais municipais, 23 provinciais, 34 hospitais especializados e 22 centrais, que agregam 42.707 camas.

“Nós tivemos muitos ganhos e são visíveis, crescemos muito em termos de recursos humanos e de infra-estruturas. Fizemos os maiores concursos de admissão da história da saúde”, salientou.

No capítulo da formação, Sílvia Lutucuta disse que 38 mil profissionais estão em processo de especialização, num programa que vai até 2028 e contempla médicos e enfermeiros.

A ministra fez saber ainda que, nesta altura, cerca de quatro mil médicos estão a fazer especialidade em várias áreas.

Sílvia Lutucuta falou ainda da melhoria da capacidade de gestão e da logística, tendo em conta a necessidade de um atendimento médico e medicamentoso cada vez mais humanizado e abrangente.

“Temos estado a evoluir, a acompanhar o mundo, colocando à disposição dos nossos cidadãos a tecnologia necessária para tratar dos seus problemas, mas temos consciência que ainda temos vários desafios. O caminho faz-se caminhando”, disse

Na última quarta-feira, a ministra reinaugurou os serviços de ginecologia, Gabinete do Utente e Puerpério Patológico da Maternidade Lucrécia Paim, em Luanda. MEL/OHA