Luanda – As empresas Diombe Têxtil, na categoria micro, Holísticos - Serviços, Estudos e Consultoria (pequenas) e a Jardins da Yoba (médias) foram consagradas, esta segunda-feira, em Luanda, como primeiras classificadas da 1ª edição do Prémio Nacional às Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME).
O anúncio foi feito hoje em conferência de imprensa pelo presidente da Comissão de Avaliação desse prémio, Redento Maia, num evento que visou a divulgação dos resultados finais do concurso.
Como segundos classificados ao prémio ficaram as empresas Quavi, Qualidade de Vida, INDU AGRI Angola, Limitada e SOAPO, Sociedade Anónima, nas categorias de micro, pequenas e médias empresas, respectivamente.
Já as empresas Sociedade Agrícola Kuolola Vinawaihe, na categoria de micro, MBT, Limitada, nas pequenas, e QUIMICOIL, nas médias, ficaram em terceiro lugar do concurso.
Os primeiros classificados de cada categoria receberam o valor monetário de 15 milhões de kwanzas (para a média empresa), 10 milhões kwanzas (pequena) e cinco milhões kwanzas (micro).
O concurso vai atribuir ainda para todos os vencedores um conjunto de incentivos e reconhecimentos institucionais, como a redução de 50 por cento de um ano de participação na Feira Internacional de Luanda (FILDA), isenção por um ano do pagamento do selo Feito em Angola e formação e internacionalização da empresa.
Essa competição teve como critérios de participação, a inovação dos produtos, bens e serviços e processos, produtos com selo "Feito em Angola", impacto social na comunidade, responsabilidade ambiental, geração de emprego, formações técnicas e estágios profissionais.
A cerimónia de entrega de prémios acontece esta quinta-feira (24).
A propósito do referido concurso, o presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), Bráulio Augusto, fez saber que foram inscritos 1 404 empresas, superando as expectativas da competição.
"Cada empresa apresentou a sua história, com os seus desafios, conquistas e impacto nas comunidades onde actuam, o que demonstrou a clara vitalidade, criatividade e capacidade transformadora do sector empresarial angolano", realçou.
Referiu ainda que a criação e implementação do referido prémio estão alinhadas com os princípios constitucionais e com as políticas económicas do Governo, que têm como prioridade à diversificação da economia, o estímulo à produção nacional, o acesso ao financiamento e melhoria do ambiente de negócios.
Segundo Bráulio Augusto, mais do que uma distinção, o prémio MPME é um tributo simbólico e social às empresas que se tornam verdadeiros motores de desenvolvimento económico e inclusão social, ao gerarem emprego, promoverem soluções criativas e elevarem o padrão dos bens e serviços produzidos em Angola.
Por sua vez, o presidente da Comissão de Avaliação do Prémio MPME, Redento Maia, considerou a iniciativa uma forma de estimular o desenvolvimento das empresas, fomentar a produção nacional e a sustentabilidade ambiental , bem como a competitividade e a qualidade dos bens e serviços.
Apelou as empresas no sentido de melhorarem a sua organização em termos de documentação, contabilidade, segurança social e no pagamento de obrigações fiscais.
Incentivou as empresas a gerarem mais postos de trabalho, realizarem estágios profissionais e promoverem formações técnicas para os seus trabalhadores.
Instituído pelo Decreto Presidencial nº 221/23 de 10 Novembro, o prémio é uma iniciativa do Governo angolano que visa valorizar as acções inovadoras adoptadas pelas MPME angolanas, no âmbito do aumento da produção nacional.
O prémio prioriza as empresas cujos projectos apresentam melhor desempenho nos domínios da valorização da produção nacional, sustentabilidade ambiental e do recurso a inovações.
As inscrições ao prémio decorreram de 24 de Janeiro a 04 de Março do ano em curso e foram efectuadas no site oficial do INAPEM. ASS/QCB