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Erdogan acusa Israel de barbárie em Gaza e de dinamitar transição síria

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  •  • Sexta, 11 Abril de 2025 | 20h41
Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan
Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan
Pedro Parente-ANGOP

Ancara  - O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou esta sexta-feira Israel de barbárie após mais um ataque mortífero na Faixa de Gaza e de "dinamitar a revolução" síria ao promover divisões no país desde a queda do regimento de Bashar al-Assad, noticia o site Notícias ao Minuto.

Em declarações num fórum diplomático em Antália, no sul da Turquia, Erdogan referiu-se a Israel como um "país problemático" e um "Estado terrorista" com as suas operações militares contra os países vizinhos do Médio Oriente.

"Israel põe em risco a estabilidade da região, especialmente com os seus ataques contra o Líbano e a Síria. Estes ataques também dificultam a luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico", declarou.

O líder turco acusou as autoridades israelitas de "aumentar as diferenças étnicas e religiosas" na Síria para incitar as minorias a rebelarem-se contra as novas autoridades de Damasco e deste modo "dinamitar a revolução" no país.

"Não podemos perder a oportunidade que esta revolução nos oferece de alcançar a estabilidade", afirmou, antes de referir que a Turquia é "um dos países que tem vindo a pagar o preço" pela crise no país vizinho e não permitirá esta situação.

Israel está "a tentar minar a revolução de 08 de Dezembro inflamando as diferenças étnicas e religiosas na Síria e incitando as minorias do país a oporem-se ao Governo", disse o chefe de Estado turco, referindo-se à data da deposição do anterior governo e observando que "o povo sírio está cansado de sofrimento, opressão e guerra".

Na mesma linha, avisou que "o silêncio perante os massacres de Israel" equivale a cumplicidade, dando o exemplo do ataque na última noite em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, que, segundo a Defesa Civil do território palestiniano, matou dez pessoas da mesma família.

"Esta mesma manhã, dez pessoas, incluindo sete crianças, da mesma família, foram martirizadas em Khan Yunis. Se isto não é barbárie, o que é?" declarou Erdogan, reiterando a acusação de "genocídio contra o povo palestiniano, negando-lhe os seus direitos mais básicos".

Os comentários de Erdogan surgem dois dias depois de conversações técnicas no Azerbaijão entre a Turquia e Israel, com o objectivo de evitar o risco de escalada na Síria, onde as forças israelitas permanecem em posições tomadas no final do ano passado no sul do país.

O mesmo acontece no Líbano, onde as forças israelitas continuam a ocupar partes que consideram estratégicas para a defesa do seu território no sul do país e a bombardear alvos do Hezbollah, em violação do acordo de cessar-fogo com o movimento xiita libanês, ao mesmo tempo que retomaram as operações militares na Faixa de Gaza, quebrando a trégua no território com o grupo islamita palestiniano Hamas. MOY/AM

 

 





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