Beijing - A China anunciou hoje que o seu organismo regulador vai analisar o acordo de venda de dois portos panamianos pelo grupo de Hong Kong CK Hutchison a um consórcio norte-americano, manifestou o repúdio pela "coação económica", noticiou o site Noticias ao Minuto.
Numa conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lin Jian, afirmou que a Administração Estatal para a Regulação do Mercado "tem conhecimento desta transacção e irá analisá-la de acordo com a Lei, para salvaguardar a concorrência leal no mercado e proteger o interesse público".
Lin Jian acrescentou que China "se opõe firmemente a qualquer acção que utilize a coerção económica, o assédio ou a hegemonia para infringir os direitos e interesses legítimos de outros países".
O acordo, avaliado em cerca de 23 mil milhões de dólares (1 USD equivale a Kz 912.00), prevê a transferência de 90% das participações nos portos de Balboa e Cristobal, actualmente explorados pela CK Hutchison.
Segundo foi descrito pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como uma "recuperação" do controlo dos Estados Unidos sobre o Canal do Panamá e suscitou preocupações em Beijing, que lamentou a perda de influência num enclave estratégico.
O regulador anti-monopólio da China anunciou hoje que vai examinar o acordo, enquanto a imprensa estatal e as contas oficiais compararam a operação a "entregar uma faca a um rival".
As autoridades panamianas insistiram que se trata de uma transacção entre empresas privadas que ainda não recebeu aprovação oficial. CQ/GAR