Lobito - Uma fábrica de processamento de algodão, localizada na zona industrial da Canata, no Lobito (Benguela), inicou a sua produção neste mês de Abril, com a finalidade de fornecer o pruduto à indústria têxtil, soube, esta terça-feira, a ANGOP.
Segundo o director de pesquisa e desenvolvimento da Carrinho Agri, Edmar Martins, este investimento vai reduzir a importação feita pela "Textaf", antiga África Textil, também pertença do Grupo Carrinho.
Edmar Martins revelou que a maquinaria é proveniente da China. São sete descaroçadeiras e igual número de prensas, com uma capacidade para produzir cerca de 60 toneladas por mês.
"Nesta fase inicial, vamos produzir apenas 30 toneladas, porque nem todas as máquinas estão em funcionamento", explicou.
Ainda em relação ao processo de produção, informou que as descaroçadeiras separam o caroço da pluma e esta é colocada na prensa onde é compactada em forma de fardo, para depois ser enviada para a fábrica.
Questionado sobre a possibilidade de haver constrangimentos durante a produção, afirmou que o único tem a ver com o clima que "oscila bastante" em certas regiões.
"Há vezes em que num ano chove muito e noutro pouco e isso interfere no desenvolvimento da cultura", esclareceu.
Para evitar o risco da fábrica parar por falta de matéria-prima, disse que o produto é estocado e processado gradualmente.
No momento, aproveitou para apresentar o estoque feito no mês anterior.
Quanto à proveniência da matéria-prima, informou que nesta altura vem de Cacuso, província de Malange, de camião, onde a Carrinho Agri tem contrato com várias famílias camponesas.
"A Carrinho Agri fornece todos insumos ao produtor, como sementes, fertilizantes e assistência técnica, e este paga com a quantidade correspondente àquilo que recebeu, ficando com o remanescente", justificou.
Entretanto, a Carrinho Agri já pensa no fomento desta cultura, e em função disso tem feito pesquisas em várias regiões como a Ganda e Porto Amboim, onde há terrenos propícios para o desenvolvimento do produto, segundo o director.
"Estamos a difundir esta cultura cada vez mais para servir como alternativa ao produtor, para não plantar apenas produtos alimentares com o qual enfrenta dificuldades como o roubo ou animais que invadem a lavoura", considerou.
Na sua opinião, com o algodão, o produtor terá mais segurança e poucos riscos.
A fábrica conta com 26 trabalhadores, dos quais 21 são operadores de máquinas e o restante está distribuído pelas áreas dos Recursos Humanos, Controlo de Qualidade e Armazém. TC/CRB