Sector das pescas quer expansão da aquicultura no mar

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  • Luanda • Quarta, 17 Julho de 2024 | 19h06
Peixe Cacusso capturado na lagoa do Úlua, província do Bengo
Peixe Cacusso capturado na lagoa do Úlua, província do Bengo
Mário Francisco-ANGOP

Luanda – A ministra das Pescas e Recursos Marinhos, Carmen Neto, manifestou, esta quarta-feira, em Luanda, a necessidade da expansão a actividade aquícola ao longo da costa marítima angolana, através da maricultura, com vista ao reforço do processo de diversificação da economia do país.

Para o efeito, a governante, que falava durante a 4ª Conferência da revista Economia & Mercado sobre a economia azul, apontou a captação de recursos financeiros através da procura de investimentos privados, parcerias internacionais e a optimização dos recursos públicos, para que em conjunto chegar-se a um bom porto com esta actividade.

Quando ao défice de pescado no mercado angolano, a ministra destacou a prática da aquicultura de forma sustentável como um dos caminhos para satisfazer as necessidades do país.

Dados do Ministério das Pescas e Recursos Marinhos de Angola estimam que o sector aquícola contribua, este ano, com uma produção de 15 mil toneladas de peixe, em cativeiro, contra as 12 mil obtidas em 2023.

Em 2023, os níveis de produção registaram um aumento de oito mil toneladas, em relação às duas mil do ano anterior (2022).

Por outro lado, Carmen Neto sublinhou que a fiscalização está a ser reestruturada, para inverter o quadro actual, tendo em conta que o Estado perde cerca de 20 mil milhões de kwanzas/mês pela pesca ilegal não regulada.

A 4ª Conferência da revista Economia & Mercado sobre a economia azul teve como objectivo discutir e explorar temas relacionados com a implementação da Estratégia Nacional para o Mar de Angola 2030 (ENMA).

O evento, realizado em um dia, juntou peritos que debateram sobre os desafios e as oportunidades da economia azul e partilharam experiências e estratégias que impulsionaram o crescimento sustentável dos recursos marítimos.

Dados indicam que o mar pode representar um crescimento considerável a médio e longo prazo, com estimativas a indicarem para um acréscimo de 23% no Produto Interno Bruto (PIB), 18% no emprego e uma diminuição de até 10% nas emissões de dióxido de carbono. HM/QCB





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