Luanda – O ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado, considerou esta quinta-feira, em Luanda, “desejável e possível” o orçamento de 2025 projectado para atender às necessidades dos órgãos de defesa e segurança.
O ministro de Estado fez tal pronunciamento ao intervir no encontro com parlamentares e titulares dos órgãos de Defesa, Segurança e Ordem Interna, Relações Exteriores e Administração do Território, no âmbito da discussão da proposta de Lei do OGE referente ao exercício económico de 2025.
De acordo com Francisco Furtado, o orçamento para os órgãos de Defesa e Segurança resulta de várias concertações com o Ministério das Finanças, lembrando que as necessidades sempre são superiores às receitas.
Informou que este orçamento permitirá uma melhor adequação das Forças Armadas Angolanas (FAA), das estruturas e dos órgãos de segurança, visando garantir o controlo, a vigilância nacional, a prevenção da criminalidade e uma melhor articulação entre os órgãos e as forças de desefa e segurança.
Segundo o ministro de Estado, o orçamento dos órgãos de Defesa e Segurança que se insere no OGE para 2025, à semelhança dos anos anteriores, comporta cerca de 60,8 por cento para suportar as despesas com o pessoal.
Fez saber que, a par disso, a defesa e segurança necessitam de investimentos e despesas de funcionamento.
Esclareceu que a aquisição de meios e equipamentos, munições, recuperação da técnica, reequipamento com meios modernos face ao novo quadro beligerante, onde se apresenta uma guerra irregular, a protecção e controlo das fronteiras para manter a paz social e integridade territorial do país, requerem um esforço financeiro enorme.
Recomendou uma gestão parcimoniosa dos recursos posto à disposição do sector, tendo em conta o quadro macroeconómico actual e com uma recessão económica.
Conflitos
Noutro domínio, sublinhou que os conflitos actuais reinantes em alguns países envolvente em Angola, têm se constituído em autênticos choques estratégicos que poderão alterar significativamente e de forma duradoura o panorama de segurança que, por sua vez, requerem um robustecimento das capacidades de dissuasão da defesa e segurança nacional.
A propósito, advertiu que as instabilidades continentais e regionais, em particular em África, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, a situação reinante no médio oriente conjugada a fragilidade de muitos estados vão continuar a originar conflitos violentos comprometendo a segurança das populações e ameaçando os interesses dos países em qualquer parte do globo. MGM/DC