Saurimo – Os crimes de burla em que os lesadas pagam milhões de kwanzas na esperança de serem empregados em diversos projectos mineiros na província da Luanda Sul preocupa a Procuradoria Geral da República (PGR), deu a conhecer esta quarta-feira, em Saurimo, o titular do órgão na circunscrição.
De acordo com Rui André, em declarações exclusivas à ANGOP, o Ministério Público na Lunda Sul recebe, em média, duas a três denúncias por semana de pessoas que foram vítimas do referido crime.
Para o magistrado, nas denúncias os cidadãos burlados apontam o pagamento de valores situados entre um milhão a dois milhões de kwanzas para ingressarem em várias empresas, com destaque para a Sociedade Mineira do Catoca e a mina do Luele.
No entanto, referiu sem avançar números que já foram detidos vários envolvidos nestes crimes e futuras diligências estão a ser preparadas para deter outros criminosos.
Para o efeito, continuou, até ao momento já foram "a juízo" três processos crimes e dois já concluídos para seguir ao tribunal para julgamento.
Por outro lado, Rui André explicou que para contrapor esta situação a PGR tem estado a sensibilizar a população local para não se deixar levar por burladores e aguardar concursos públicos através dos órgãos competentes.
Em Angola a burla relativa a trabalho, emprego ou estudo é punida com a pena de prisão de seis meses a três anos ou com a punição de multa de 60 a 360 dias.
Prisão preventiva
Questionado sobre o excesso de prisão preventiva, o responsável garantiu que na província da Lunda Sul não existe um único caso, fruto do reforço de onze novos magistrados que foram distribuídos nos municípios do Dala, Cacolo, Saurimo e Muconda.
Sublinhou que o número ainda é irrisório, e para corresponder a demanda, necessitaria de mais dez, em função da nova Divisão Político-Administrativa que aumentou para mais dez os números dos municípios na província.
Sobre os crimes de peculato referiu que a Lunda Sul não registou até ao momento nennhum, com excepção ao já julgado que envolveu antigos governantes-
Para a semana da legalidade, que inicia a 10 e termina no dia 27 de Abril, a Procuradoria-Geral da República realiza várias actividades, com destaque palestras, visitas a estabelecimentos prisionais e colóquios. EM/JW/VIC