Luanda – A ministra da Educação, Luísa Grilo, disse nesta segunda-feira, em Luanda, que o projecto de Empoderamento da Rapariga e Aprendizagem para Todos (PAT II) constitui uma peça fundamental na busca da qualidade da educação, no combate à evasão escolar e na melhoria da gestão escolar.
Segundo a governante, o referido projecto ajuda sobretudo na humanização das relações entre todos os membros da comunidade escolar.
Luísa Grilo falava no seminário do projecto PAT II, a decorrer até dia 17 do corrente mês, que servirá para aprendizagem e troca de experiência para todos.
Por isso, a responsável frisou que o seminário busca mitigar as deficiências identificadas durante as visitas de supervisão financeira dos programas e actividades próprias do PAP II, assim como aprimorar os conhecimentos dos técnicos, no intuito de conformar a actuação às regras e procedimentos de gestão financeira e contabilística.
Conforme a ministra, o seminário concorre para reforçar a capacidade das equipas de gestão financeira a nível central, provincial e municipal, promovendo práticas eficazes e alinhadas às normas internacionais de prestação de contas.
“Este esforço visa assegurar os fundos descentralizados para que sejam aplicados de forma eficaz, maximizando os resultados em benefício das comunidades, em especial as raparigas”, realçou.
Assim, a ministra considerou o seminário como uma verdadeira oficina para todos os contabilistas e técnicos de contabilidade.
Na ocasião, a gestora do PAT II, Irene Cardoso, informou que o Banco Mundial disponibilizou 250 milhões dólares para o programa, no intuito de ajudar os alunos dando um subsídio escolar, que chamam de bolsa, para os que frequentam o primeiro ciclo, o primeiro e segundo ano da EJA, mas com ênfase nas raparigas.
“Neste caso, as raparigas ao matricularem-se terão a oportunidade de receber o seu valor monetário, durante o ano lectivo, e ao finalizarem a nona classe receberão mais 35 mil kwanzas, cada uma, como bónus. Os rapazes terão somente 35 mil kwanzas”, explicou.
Disse que a presença de todos os técnicos demonstra o compromisso colectivo, com uma gestão eficiente e transparente dos recursos destinados a promover a educação inclusiva e o empoderamento das raparigas em todo o país.
Por esta razão, argumentou que o PAT II desempenha um papel essencial na promoção da igualdade de oportunidades, no fortalecimento da educação e no empoderamento das raparigas.
Nesta senda, disse que a correcta aplicação dos fundos descentralizados afigura-se como crucial para que possam maximizar o impacto positivo deste projecto nas comunidades.
O seminário agrega mais de oitenta técnicos de todo o país. Aborda, entre outras, questões financeiras, a violência baseada no género e o código de conduta das pessoas que trabalham no próprio projecto. AB/OHA