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Ministro dos Transportes quer elevação da operacionalidade no Corredor do Lobito

     Economia              
  • Benguela • Terça, 04 Julho de 2023 | 17h13
Ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, discursa cerimónia de concessão do corredor do Lobito
Ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, discursa cerimónia de concessão do corredor do Lobito
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Lobito – O ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, exortou esta terça-feira, na cidade do Lobito (Benguela), a elevação da operacionalidade no Corredor do Lobito para facilitação do comércio e da logística na África Austral e não só.

O governante direccionou estas palavras ao consórcio Lobito Atlantic Railway, quando discursava na cerimónia da transferência da concessão dos serviços ferroviários e de logística de suporte do Corredor do Lobito.

Ricardo de Abreu pediu que esta jointe-venture (aliança comercial) surpreenda pela positiva, com resultados para as empresas e para as populações de Angola, da República Democrática do Congo e da Zâmbia.

Assegurou que  o consórcio pode contar com o apoio de Angola e do Ministério dos Transportes para a construção do futuro, criar riqueza e desenvolver a economia do continente.

“Não sendo o Corredor do Lobito uma criação recente, a sua rica história demonstra o potencial económico que representa para rentabilização, sobretudo de recursos minerais da zona geográfica  que abrange.  É uma infra-estrutura poderosa que marca em definitivo e representa a imagem de Angola para o mundo, designadamente junto dos investidores privados e das entidades financeiras dos Estados Unidos, da Europa e de outras geografias”, afirmou.

Fez questão de recordar sobre a decisão do  Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na última reunião do G7, no Japão, onde  manifestou  o interesse do seu país em investir 250 milhões de dólares no Corredor do Lobito, através da Development Finance Corporation.

“Na semana passada, reuniu  connosco em Luanda uma delegação da DFC, chefiada por Nancy Rivera, directora de operações financeiras estruturadas, em conjunto com a sua equipa e os stakeholders (parte interessada), directamente relacionados com o Corredor do Lobito”, explicou.

Em relação a este assunto,  disse que a mesma fez uma  “due diligence” (procedimentos) sobre o quadro legal e regulamentar angolano, assim como a sua conjuntura macro-económica e o ambiente empresarial do país para, in situ, verificar o estado das infra-estruturas que constituem o corredor.

“Hoje, novamente temos esta mesma equipa no Lobito, para assistir a um acto que considera de elevado impacto económico-social para o continente  africano e para as suas populações”, frisou.

O ministro acresceu ainda que, na semana passada, a Comissão Europeia validou a criação da joint-venture (aliança comercial) criada pela multinacional suiça Trafigura, a belga Vecturis e a portuguesa Mota-Engil, para gerir, manter e operar o Corredor do Lobito, durante 30 anos, concessão que pode ser extensiva até aos 50, com a construção de um ramal de ligação à Zâmbia.

"Joint-venture com a qual assinamos o contrato de concessão no dia 4 de Novembro de 2022 e a qual hoje, 4 de julho de 2023, fizemos de facto a passagem do referido acto”, disse o ministro.

O Corredor do Lobito, além das fronteiras nacionais com impacto estruturante em todo o espaço da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), afirma-se como um dos principais eixos de circulação de mercadorias, não apenas dentro dos próprios países.

A conexão que estabelece com o mercado mundial através, principalmente, do Porto do Lobito, assegura uma elevada percentagem do volume do comércio internacional de toda a  sub-região. TC/CRB





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