Luanda – O Governo angolano quer continuar a contar com o mercado interno para financiar o serviço da dívida em moeda nacional, fixada em 14 biliões de kwanzas (USD 14 mil milhões), para o exercício económico 2025, afirmou esta segunda-feira, em Luanda, o director da Unidade de Gestão da Dívida Pública, Dorivaldo Teixeira.
Em declarações à imprensa, após o acto de apresentação do Plano Anual de Endividamento (PAE) 2025, o gestor afirmou que, nos últimos anos, o Governo tem estimulado cada vez mais o mercado interno para que a dívida do país possa ser financiada mais em moeda nacional, criando condições para reduzir a pressão proveniente dos financiamentos em moeda externa.
De acordo com o Dorivaldo Teixeira, o país já demonstrou, entre 2023 e 2024, em algumas circunstâncias, a sua capacidade de mobilização de recursos, facto que motiva estimular o financiamento do mercado interno.
Ralçou que, em 2023, Angola recuperou o acesso aos mercados de capitais, após dois anos, e emitiu um eurobond de USD 1,75 mil milhões, juntamente com um exercício de gestão de passivos de 636 milhões de dólares.
Nesse período, o país conseguiu assegurar empréstimos com taxas de juros baixas e prazos longos de reembolso, reforçou.
A Estratégia do Plano Anual de Endividamento, explicou, privilegia a contratação de instrumentos que auxiliam na gestão activa de passivos, promove a redução dos títulos indexados à taxa de câmbio e melhora o perfil de vencimento da dívida pública.
O acto de apresentação do Plano Anual de Endividamento (PAE) 2025 foi orientado pela ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, que anunciou que o serviço da dívida do Estado angolano, para exercício económico de 2025, está fixado em 57,4 biliões de kwanzas (58,61 mil milhões de dólares), o que representa 63% do Produto Interno Bruto (PIB). OPF/QCB