Lobito - Os integrantes da cadeia logística do Corredor do Lobito trabalham na criação de um representante para identificação de mecanismos, com vista a tornar o processo de transportação de mercadorias mais fluido.
O novo órgão vai permitir a desburocratização dos procedimentos de carga em trânsito, por formas a reduzir o tempo de passagem das mesmas pelo referido corredor.
Ao falar no final do primeiro Conselho Consultivo do Porto do Lobito, o presidente do seu conselho de administração, Celso Rosas, considerou necessário que a cadeia logística do corredor esteja em altura de compreender o mercado mundial para competir com os concorrentes mais experientes.
Na sua opinião, deve haver maior investimento em equipamentos e equilíbrio entre a utilização da capacidade instalada e a capacidade de produção nas minas.
Por sua vez, o PCA da Unicargas, Joaquim Piedade, mostrou-se preocupado com a intervenção da Administração Geral Tributária em relação a transportação de mercadorias no percurso Lobito/Luau (Moxico) e vice-versa, alegando que se “perde muito tempo”.
Defendeu, por outro, a separação da tarifa para o tráfego interno e internacional, bem como a redução das tarifas de transbordo de mercadorias no porto.
Já o responsável do Caminho de Ferro de Benguela, Luís Teixeira, sublinhou a importância da construção de armazéns de grupagem para os operadores do corredor terem a possibilidade de transportar maior volume de mercadorias e rentabilizar os meios.
Por parte dos agentes de navegação sugere-se a sincronização dos projectos de reabilitação e construção de vias ferroviárias e rodoviárias entre Angola, a RDC e a Zâmbia.
Defendem que sejam salvaguardados, nas concessões dos terminais do Porto do Lobito, os interesses dos parceiros para torná-lo competitivo.
O Corredor do Lobito é composto por um conjunto de infra-estruturas ferroviárias, portuárias, aeroportuárias e rodoviárias que ligam esta cidade do litoral da província de Benguela à RDC e Zâmbia, com a vantagem de ser o corredor mais curto com acesso a um porto.
Intervêm no processo, a quarta região tributária, o porto, o CFB, a Unicargas, os despachantes e agentes de navegação.