Luanda – O administrador não Executivo da TAAG Rui Carreira afirmou, esta sexta-feira, em Luanda, que o Aeroporto Internacional Dr António Agostinho Neto vai conferir maior dignidade e conforto aos passageiros da companhia nacional de bandeira.
A infra-estrutura foi inaugurada pelo Presidente da República, João Lourenço, na presença de 1.500 convidados, na véspera da celebração dos 48 anos de independência nacional.
Numa primeira fase, o novo aeroporto funcionará com uma certificação provisória, pelo facto de ainda não haver experiência suficiente de operações do aeroporto.
A abertura faseada da nova infra-estrutura ocorre por razões de segurança, testes, certificação e treinamento de pessoal, para avaliar a demanda real, procedimentos que ajudam a minimizar riscos e garantir uma transição suave para a operação completa.
A nova infra-estrutura aeroportuária ocupa uma área de 1.324 hectares, tem capacidade para 15 milhões de passageiros e um volume de carga de 130 mil toneladas por ano.
Com duas pistas duplas, o aeroporto está preparado para receber, entre outros, aviões do tipo B747 e A380, este último considerado a maior aeronave comercial da actualidade.
A pista sul (a maior), que dispõe de quatro mil metros por 60 de largura, recebeu, em Junho de 2022, o primeiro voo experimental de uma aeronave do tipo Boeing 777 da companhia de bandeira nacional - TAAG.
Além das duas pistas, o AIAAN conta igualmente com 31 mangas, das quais 19 para os serviços internacionais e 11 para os domésticos, assim como 9 tapetes rolantes para o depósito de bagagem, seis dos quais dedicados aos voos internacionais.
A infra-estrutura contempla 26 balcões do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), um parque de estacionamento para mil e 710 viaturas, assim como espaço reservado para lojas, numa área de mil 825 metros quadrados.
Dispõe, também, de 22 salas VIP, uma clínica e um centro de primeiros socorros anexado ao terminal de passageiros, além de contemplar a construção de raiz de uma cidade aeroportuária, que cobrirá uma área total de 75km2.
Rui Carreira, que falava à ANGOP, sublinhou que a TAAG beneficia, também, de uma nova “Base Aérea” que ajudará a concretizar o seu projecto de tornar Luanda um HUB regional.
“A inauguração do Aeroporto Dr. António Agostinho Neto é um marco muito importante na nossa história. Vamos evoluir do já pequeno Aeroporto 4 de Fevereiro para uma grande unidade que vai dar dignidade e mais conforto aos nossos passageiros (…..)”, expressou.
Sublinhou que os aeroportos têm um efeito multiplicador muito grande, visto que geram milhares de empregos directos e dezenas de milhares de empregos indirectos, uma das grandes oportunidades que Angola deve aproveitar.
“Entretanto, a TAAG, em particular, vai aproveitar para aumentar a sua rede de destinos e o número de voos porque o aeroporto permite. Queremos que outras vertentes da economia alinhem nessa linha para juntos contribuírem para as receitas do país”, adiantou Rui Carreira.
Neste particular, destacou o turismo que deve aproveitar essa oportunidade para ajudar a TAAG a aumentar os seus voos e número de passageiros e, com isso, as suas receitas.
Salientou que a TAAG tem na sua frota actual pelo menos 21 aeronaves, mas que tenciona aumentar a médio e longo prazo até 50 aviões, sendo que as circunstâncias económicas e os momentos vão determinar como e quando isso se vai concretizar, dentro do seu plano estratégico.
O administrador não Executivo explicou que a companhia está a se preparar, em termos técnicos, humanos, tecnológicos e operacionais, para quando o Aeroporto for aberto à operação de passageiros, em 2024, incrementar o número de passageiros.
“Não temos ainda em mente as quantidades e os números precisos e nem tão pouco podemos fazer previsões aproximadas, mas estamos a trabalhar nesse sentido”, argumentou, destacando que a TAAG vai operar com todos os tipos de aeronaves que possui na sua frota.
Explicou que as rotas vão ser sempre as mesmas, estando-se a trabalhar na abertura de novas que necessitam de pesquisas muito aturadas e com muita paciência e inteligência também, daí que ainda não se está a pensar na abertura de novas rotas. MDS/VM