Ondjiva - A governadora provincial do Cunene, Gerdina Didalelwa, reconheceu, quinta-feira, em Ondjiva, a necessidade da implementação de um projecto integrado na orla fronteiriça com a Namíbia, de modo a contrapor a migração, maioritariamente ilegal.
Falando à margem do encontro do Conselho de Auscultação Social, a dirigente realçou a urgência em se conceber projectos integrados como escolas, centros de saúde, energia e água, estradas, assim como loteamento de terrenos para cidadãos que pretendem erguer superfícies comerciais e habitacionais.
Disse tratar-se de uma via que visa resolver os problemas das comunidades fronteiriças, sobretudo das crianças, para que deixem de estudar na vizinha Namíbia.
Para a governadora, é necessário que os angolanos tenham a escolaridade básica em Angola, que lhes vai garantir a aprendizagem da língua portuguesa, a geografia e a história do país.
A intenção é reverter a actual situação das famílias que procuram serviços sociais básicos no país vizinho e de crianças que diariamente atravessam a fronteira à procura de ensino, por insuficiência ou inexistência de serviços básicos na fronteira.
Lembrou que grande parte da comunidade residente na fronteira tem o país vizinho como fonte da assistência médica e medicamentosa, de educação e ensino e aquisição de bens de primeira necessidade, devido à proximidade.
A província do Cunene partilha uma fronteira de 460 quilómetros com a República da Namíbia, 340 dos quais são terrestres e 120 fluviais.