Uíge - A Empresa de Águas e Saneamento do Uíge (EASU) desmentiu, nos últimos dias, a interrupção do fornecimento de água potável ao Hospital do Catapa, nos arredores da cidade do Uíge.

Essa refutação, feita à ANGOP pela PCA da EASU, Emília Fernandes, depois de o portal Wizi Kongo noticiar que a unidade sanitária estava sem abastecimento de água potável há três meses.

Em função dessa informação, Emília Fernandes e a sua equipa técnica deslocaram-se à unidade sanitária para constatar a veracidade da informação, assim como avaliar o fornecimento de água no bairro Catapa.

No local, a EASU constatou que, apesar da existência do fornecimento de água potável ao Hospital do Catapa, existe problema interno de bombagem de água para as outras partes da unidade sanitária, situação que os técnicos já estão a trabalhar para a sua superação.

Ainda assim, a PCA da EASU disse à ANGOP que, durante os últimos três meses, com excepção da semana passada, a unidade sanitária e o bairro Capata têm beneficiado de fornecimento regular de água potável.

Depois do diagnóstico do real problema, Emília Fernandes considerou falsa a notícia veiculada pelo portal Wizi Kongo, acrescentando ser uma má prática do jornalismo, que requer a veracidade dos factos.

"Não basta noticiar, mas constatar "in loco", assim como ouvir as partes envolvidas, para evitar que o órgão de comunicação social sirva de caixa de ressonância e descredibilizada pela sociedade", alertou.

Ainda assim, a ANGOP foi ao local e constatou a existência de água no reservatório, assim como a correr água na torneira ao lado, mas o problema está na canalização interna, que impede a distribuição de água para o resto da unidade sanitária.

Por outro lado, Emília Fernandes adiantou que a situação de distribuição de água na cidade do Uíge será regularizada, nos próximos tempos, com a entrada em funcionamento de um novo sistema de abastecimento de água potável, prevendo a ligação de mais de 17 mil ligações domiciliares. 

Actualmente, a cidade do Uíge possui cerca de 34 mil ligações domiciliares, que dependem de dois sistemas de abastecimento, um do tempo colonial e o outro inaugurado em 2008, já sem capacidade de produção para atender as necessidades dos consumidores, fazendo com que haja fornecimento irregular de água (um dia sim, um dia não).JAR