Saurimo – O Arcebispo da arquidiocese de Saurimo, Dom Manuel Imbamba, disse hoje, segunda-feira, que o Papa Francisco deixa um legado quando lutou incansavelmente para a pacificação do Médio Oriente e o fim da guerra entre a Rússia e Ucrânia.
Dom Imbamba, que reagia a morte do Papa, ocorrida hoje, sublinhou que além de deixar legados de cessar fogo, deixou marca na reconciliação da igreja e trabalhou com jovens.
Acrescentou que as reformas por si implementadas, o resgate dos valores éticos, morais no seio da juventude e a preservação da natureza, continuarão a merecer a atenção de toda a franja da sociedade.
Sublinhou que após a sua eleição como Papa, quis mostrar ao mundo que a igreja deveria despojar-se de tantos tons de realeza, grandeza, de exibicionismo, para ser apenas uma congregação santa, simples, focada na evangelização.
O também presidente da CEAST apontou a divisão e a distribuição harmoniosa dos bens mundiais, que devem ser gizados na base da justiça e da solidariedade.
“Hoje o mundo acordou triste, pela perda de um grande homem, o primeiro latino-americano a liderar a Igreja Católica, nos deixa após o domingo de Páscoa, ressurreição de Cristo”, lamentou.
Bispo de Ondjiva considera Papa Francisco defensor da fraternidade universal
O Bispo da Diocese de Ondjiva, província do Cunene, Dom Pio Hipunhanti, considerou o Papa Francisco, falecido esta segunda-feira, em sua residência na Casa Santa Marta, como defensor da fraternidade e união dos irmãos.
Falando em conferência de imprensa, a propósito da morte do sumo pontífice, realçou que o pontificado do Santo padre foi uma verdadeira escola fecunda, do amor a Deus, ao próximo e a natureza.
Segundo o prelado, o sumo pontífice durante o seu mandato rompeu fronteiras, primando pela união, através de visitas a países de outras confissões religiosas, como muçulmanos, estendeu o abraço a todos religiosos e aqueles que reconhecem Deus como seu criador.
Esclareceu que o papa dedicou toda sua vida ao serviço de Deus e da igreja dos irmãos, não apenas católicos, enfatizando que na sua carta encíclica, denominada “Fratelli Tutti”, aborda sobre a fraternidade e amizade social universal.
Assegurou que os ensinamentos do papa serão transmitidos, pois fazem parte do tesouro e deve ser conservada para que estes ensinamentos produzam fruto não apenas nos cristãos, mas da sociedade no geral.
Lembra ter estado quatro vezes com o papa, sendo a última durante a visita (ad limino apostolarum) visitas que os bispos fazem ao sumo pontífice.
Entretanto, fez saber que no quadro das cerimónias fúnebres, em todas celebrações eucarísticas, litúrgicas e comunidades são convidadas a orar pelo descanso do papa.
Nascido em Buenos Aires (Argentina) a 17 de Dezembro de 1936, o papa Francisco é o primeiro Jesuista a chegar à liderança da igreja católica, durante o conclave que terminou a 13 de Março de 2013.
A sua última aparição ao público, ocorreu este domingo (20), durante a missa do domingo de páscoa, sendo que esteve internado durante 38 dias, devido a uma pneumonia bilateral, com alta a 23 de Março.
Após 12 anos de mandato, o seu pontificado foi marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia. EM/JW/FI/LHE/SEC