Luanda - Profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros e técnicos de unidades sanitárias de Luanda, enalteceram, este sábado, o aumento de recursos humanos e de infra-estruturas, nos últimos cinco anos, por contribuírem na melhoria das condições nos hospitais e a humanização dos serviços prestados a população.
Nos últimos cinco anos, o Executivo apostou na construção e reabilitação de 79 unidades hospitalares de referência, entre outros estabelecimentos sanitários nacionais, provinciais, centros e postos de saúde.
Entre as unidades construídas consta centros de hemodiálises e de centros em todas as unidades hospitalares construídas de raiz, centros ortopédicos e laboratórios de análises clínicas.
As referidas unidades permitiram colocar ao dispor das populações 32.619 camas de internamento, das quais 1.400 camas nas unidades de cuidados intensivos.
Em termos de recursos humanos, fruto dos últimos dois concursos públicos, foram enquadrados 33.093 profissionais de saúde, entre os quais 2.373 médicos.
De acordo o médico Carlos Masseca, que falava à ANGOP à margem de uma marcha dos profissionais de saúde, a acção do Executivo catapultou o Sistema Nacional de Saúde, dotando-o de infra-estruturas de primeiro nível e de referência, bem como quadros capazes de responder a demanda e às necessidades das comunidades.
O médico apontou, como consequência do aumento de infra-estruturas e de quadros especializados, a diminuição da mortalidade materno-infantil, principalmente na periferia das cidades e interior do país.
"Devemos apoiar os profissionais de saúde que, apesar das dificuldades, se mantém firmes nas unidades hospitalares, evitando que a mortalidade aumente, trabalhando dia e noite, servindo a nação, salvando vidas", sublinhou o primeiro secretário do comité de especialidade do MPLA dos Enfermeiros Técnicos de Saúde", Vasco Matemba.
O especialista ressaltou que no período entre 2017/2022 foram colocadas ao dispor das comunidades infra-estruturas de saúde, algumas de especialidade, com serviços que anteriormente eram feitos no exterior do país.
Vasco Matemba ressaltou os centros de hemodiálise em diversas províncias e o enquadramento de enfermeiros e médicos angolanos no sistema, fruto dos concursos públicos realizados pelo Executivo.
Já o médico Manuel Eduardo Varela deu a conhecer que a adesão dos profissionais de saúde na marcha é o reconhecimento da evolução registada no sector, nos últimos anos, e o apoio as políticas sociais do Executivo, em benefício do povo.
Para a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, a classe deve reconhecer o que está a ser feito e ao serviço da população, contribuindo, substancialmente, na melhoria das condições de trabalho e o aumento na distribuição de medicamentos diversos e material gastável.
A ministra reafirmou a empregablidade de mais de 33 mil profissionais de saúde, nos últimos cinco anos, bem como a reabilitação e construção de infra-estruturas em todo país, tornando os serviços mais próximo das populações.
Em relação ao impasse nas negociações com os médicos grevistas, a ministra garantiu que estão a ser atendidas quase todas as reivindicações.
Sílvia Lutucuta e algumas apelou o empenho dos profissionais em prol de uma nação saudável.
Por sua vez, o primeiro secretário do MPLA, em Luanda, Bento Bento, destacou os projectos construídos no quadro da implementação do PIIM no país.
Bento Bento enfatizou que o lugar do médico é no hospital, apelando aos sindicatos para que continuem a dialogar com o Executivo, a fim de se criarem as condições necessárias para a melhoria do estado de saúde do país.
Para o político, os médicos não devem ficar em casa e fazer mais "picos" em hospitais privados, abandonando os hospitais públicos onde está a maioria da população.
A marcha, com o apoio do Comité de Luanda do MPLA, contou com mais de dez mil pessoas, dos quais cerca de três mil profissionais do sector da saúde.