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Angola regista redução de casos de tuberculose

     Saúde              
  • Luanda • Terça, 11 Julho de 2023 | 17h23
1ª Sessão Ordinária da Comissão Nacional de Luta contra o VIH/SIDA e Grandes Endemias
1ª Sessão Ordinária da Comissão Nacional de Luta contra o VIH/SIDA e Grandes Endemias
Francisco Miúdo-ANGOP

Luanda - Angola registou, nos últimos dois anos, 69 mil e 261 casos de tuberculose, menos 10 mil e 739 comparativamente ao período entre 2017 a 2019, informou, esta terça-feira, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.

De acordo com a governante, que falava à imprensa no final da 1ª Sessão Ordinária da Comissão Nacional de Luta contra o VIH/SIDA e Grandes Endemias (CNLS-GE) orientada pela Vice-presidente da República, Esperança da Costa, entre 2017 a 2019, o país teve um registo de 80 mil doentes com tuberculose nas unidades sanitárias.

“Em 2019, o sector começou a registar uma curva descendente face às medidas tomadas para o combate da endemia, reforçadas, em 2020, com as acções de prevenção contra a pandemia da Covid-19”, reforçou Sílvia Lutucuta.

Os resultados do Programa Nacional de Controlo da Tuberculose (PNCT) apontam, entre 2018 a 2022, para a expansão da rede de serviço de 13 (6,3%) para 36 hospitais (17,3%) nas unidades nacionais, provinciais e municipais.

Sílvia Lutucuta referiu que, no período em referência, o número de províncias com capacidade de diagnóstico de casos de tuberculose fármaco-resistente subiu de 14 para 18, bem como de municípios com serviços de atendimento de 111 para 155, correspondente a uma cobertura de 95% em todo país.

Doença do sono

 

Em relação à tripanossomíase, Sílvia Lutucuta deu conta que registou uma redução, entre 2012 e 2022, de 179 para 44 casos, tendo como meta erradicar ou diminuir até 2030.

A tripanossomíase, nome científico da doença do sono, é uma enfermidade das zonas rurais. O habitat natural são as galerias florestais e as matas fechadas, onde há temperaturas que oscilam entre os 19 e os 25 graus.

 

HIV/SIDA

 

No caso do HIV/SIDA, Sílvia Lutucuta avançou estarem sob controlo das autoridades sanitárias 310 mil doentes, dos quais 190 mil do sexo feminino, com uma taxa de prevalência de dois (2) por cento.

Para fazer face aos números, segundo a ministra, as unidades sanitárias aumentaram para 116 por cento a capacidade de testagem, em 2022, em relação a 2017, e dos serviços do Programa de Prevenção de Transmissão do VIH de Mãe Para Filho, de 650, em 2017, para 881, em 2022, bem como a expansão do acesso a carga viral e diagnóstico precoce infantil para as 18 províncias.

A governante destacou como desafios a inclusão das gestantes e mulheres que vivem com VIH em projectos sociais de empoderamento implementados pelo Executivo (Kwenda, PREI, PRODESI) e o aumento ao acesso dos serviços de diagnóstico, tratamento e cuidados a todas as crianças expostas antes dos dois meses de idade.

 

Combate à malária

 

Em relação ao Programa Nacional de Combate à Malária, a ministra destacou a diminuição, de 2017 a 2019, dos óbitos em mais de 50 % e o aumento de 35% para 40% na distribuição de mosquiteiros tratados com insecticida aos agregados familiares, meta prevista pelo PDN 2018-2022. 

Conforme a ministra, no mesmo período houve uma redução de casos de malária, de 13 mil para 12 mil.

“A distribuição dos mosquiteiros regista um aumento desde 2008, com a distribuição de rotina e em massa. A última campanha teve início a cinco de Abril de 2022, tendo uma cobertura de 90 % nas províncias já beneficiadas”, enfatizou.

Destaca-se ainda o aumento de municípios com equipas para o controlo integrado de vectores, que passou de 37%, em 2018, para 73%, em 2022, ultrapassando a meta prevista no PDN 2018-2022, bem como da cobertura de mulheres grávidas que recebem tratamento preventivo da malária de 19%, em 2017, para 50 %, em 2022. 

Esclareceu que apesar de o PDN 2018-2022 apontar como meta para a taxa de mortalidade por malária de 43, 5 mortes por mil pessoas, em 2017, para 10 mortes por mil pessoas, em 2022, não houve variação na execução entre os anos 2017 a 2022.

A CNLS-GE, coordenada pela Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, tem como atribuições, entre outras, coordenar e orientar toda a política de luta, promover o envolvimento dos diferentes parceiros do Governo, mobilizar os recursos necessários e desenvolver acções susceptíveis de melhorar o conhecimento sobre o VIH/SIDA e as Grandes Endemias que assolam o país. FMA/SC





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