Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, reafirmou, esta quarta-feira, a contínua implementação de políticas para a melhoria das condições sociais e meios técnicos das Forças Armadas Angolanas (FAA), no interesse da defesa e segurança nacional.
Numa mensagem de felicitações pelo 33° aniversário da criação das FAA, que hoje se assinala, o estadista refere que o acto de constituição das Forças Armadas Angolanas, resultante da fusão de dois exércitos que se contendiam, configura um grande exemplo histórico de boa memória a nível internacional.
Escreve que a evolução tecnológica e científica, ao nível internacional, obriga a que as FAA continuem a desenvolver as suas capacidades humanas, técnicas e tecnológicas para corresponderem aos desafios e ameaças que se apresentarem.
Segundo o Comandante-em-Chefe das FAA, é também imprescindível prosseguir com as acções de Reestruturação, Redimensionamento, Reequipamento e Rejuvenescimento em curso nas Forças Armadas, com vista a inovar, modernizar e desenvolver a sua capacidade combativa.
"Assim, o Executivo angolano, em conformidade com as capacidades orçamentais e no interesse da Defesa e Segurança Nacional, vai continuar a implementar políticas que visam a melhoria das condições sociais, de infra-estruturas, de aquartelamento, armamento, meios técnicos e materiais, melhoria das condições de trabalho e de formação, valorizando desta forma os nossos efectivos", escreve o Comandante-em-Chefe das Forças Armadas.
No contexto da paz que o país vive, afirma João Lourenço, além da contínua e necessária preparação e prontidão combativas, é importante que as Forças Armadas Angolanas se capacitem para intervenção em tarefas sociais e outras de interesse público nacional, bem como participar em missões internacionais, conforme consagrava Constituição e a Lei, e outros instrumentos internacionais de que Angola é parte.
Deste modo, face ao momento festivo do 33º aniversário, felicita todos Oficiais Generais, Almirantes, Oficiais Superiores, Capitães e Subalternos, Sargentos e Praças, bem como os trabalhadores civis que têm garantido a defesa intransigente da Independência, da Soberania e da Integridade Nacional, criando as condições de segurança e estabilidade necessárias ao desenvolvimento económico e progresso social do país.
João Lourenço lembra que a situação política internacional, infelizmente, está caracterizada por alguns conflitos militares localizados, com tendência a se expandirem, com realce para os conflitos militares no leste da República Democrática do Congo, no Sudão, entre a Rússia e a Ucrânia (que já dura há mais de dois anos) e o conflito que se alastra no Médio Oriente, os quais podem perigar a Paz e a Segurança Internacional, com consequências negativas para a paz mundial.
Segundo o Presidente da República, as Forças Armadas Angolanas, no quadro das suas missões de defesa e salvaguarda da soberania nacional, devem continuar a manter uma estreita cooperação com os demais órgãos de Defesa e Segurança no combate ao crime organizado, na protecção das fronteiras e na manutenção da ordem e da tranquilidade públicas, assim como participarem em actividades comunitárias e de preservação do Meio Ambiente.
Finalmente, exortou a todos os Oficiais Generais, Almirantes, Oficiais Superiores, Capitães e Subalternos, Sargentos, Praças e Trabalhadores Civis, a elevarem os seus conhecimentos técnico-militares e profissionais, bem como a reforçar o patriotismo e lealdade à Pátria, respeitando os princípios que emanam a instituição castrense, pois “a Pátria aos seus filhos não implora, Ordena!”.
A institucionalização das FAA, a 9 de Outubro, traduz-se na materialização dos Acordos de Bicesse (Portugal), rubricados em 1991, entre o Governo angolano e a Unita, ao abrigo dos quais seriam fundidos as ex-Forças Armadas Populares de Libertação de Angola(FAPLA), exército governamental, e as extintas Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA), então componente militar da UNITA. MGM/SC/ART