Pesquisando. PF Aguarde 👍🏽 ...

Jovens consideram-se força motriz do desenvolvimento do país

    Angop logo
     Política           
  • Luanda • Sexta, 18 Abril de 2025 | 14h01
Acto central do dia da juventude
Acto central do dia da juventude
Cedida

Luanda – Prestes a assinalar cinco décadas do fim do regime colonial, os jovens angolanos comemoraram o 14 de Abril, Dia Nacional da Juventude, e continuam a manifestar total disponibilidade para ajudar o crescimento sustentável do país.

Em homenagem à efeméride a ANGOP ouviu, durante a semana, na capital do país, vários jovens sobre a actual situação socioeconómica do país e das perspectivas dos mesmos em relação ao futuro.  

Grande parte dos entrevistados foram unânimes em afirmar que a juventude em  Angola  esteve sempre à frente das principais conquistas do povo angolano, nomeadamente a Independência Nacional e da Paz.

Para Simão Augusto, de 25 anos de idade, apesar de algumas vicissitudes como a baixa oferta de emprego, a juventude continua comprometida com o futuro e mostra-se capaz de construir uma Nação próspera.

A população angolana é maioritariamente jovem, avançou,  e a maioria é contra o vandalismo dos bens públicos, corrupção, nepotismo e outros males que infelizmente enfermam actualmente a  sociedade.

Disse que nos últimos 50 os jovens têm se empenhado na construção para uma Angola melhor rumo ao desenvolvimento em várias esferas, com destaque para a estabilidade política e social, recuperação de infra-estruturas educativas, sanitárias, estradas, entre outros.

Já a doméstica Emília Cardoso, a juventude deve focar mais na formação para superação pessoal e a busca de empregos melhor renumerados.

Referiu que com o alcance da paz as oportunidades abriram-se ainda mais, permitindo, por exemplo, melhorar os sistemas nacionais de educação e de saúde e dar passos significativos, com a construção de várias infra-estruturas no país.

Destacou que nos sectores sociais como a educação e a saúde são os jovens que garantem o seu funcionamento.

"Nas escolas encontramos jovens professores, nos hospitais igualmente os enfermeiros e os médicos estão dentro, na sua maioria, desta faixa etária", exemplificou.

O activista social Manuel Bernardo, de 34 anos de idade, funcionário público, frisou a necessidade de se reconhecer que, em muitos casos, os jovens não têm sabido preservar grande parte das conquistas e realizações em tempo de paz.

O ainda jovem aponta, por exemplo, acções que colocam em causa os feitos alcançados, tais como a vandalização de bens públicos, chamando, por isso, a razão para a mudança de comportamento para o bem-estar de todos os angolanos.

“E todos os gestos praticados pelo Executivo, pelos seus parceiros e através de iniciativas de outros entes privados, em nome do crescimento e desenvolvimento de Angola, devem ser sempre valorizados", apelou.

Mais do que reivindicar sobre o que falta, disse, precisamos de aprender a valorizar o que se tem, o que se faz e se materializa para satisfazer as necessidades das populações.

Para Neusa Augusto, estudante de Direito, é notório o avanço de Angola com os ganhos dos 50 anos e a materialização de uma Constituição efectiva para Angola.

Já Mateus Ambrósio reconheceu que o passado foi doloroso, de muita angústia e sofrimento. 

“Hoje, o compromisso colectivo de toda a Nação é o de tudo fazermos para evitar e impedir, em definitivo, o regresso daquela nuvem escura e tenebrosa que se abateu sobre Angola e se manteve por muito tempo”, disse. 

De acordo com o jovem, há anos que o país beneficia dos ganhos da paz em todos os domínios da vida política, económica e social, referindo que se deu início à reconstrução das infra-estruturas destruídas pela guerra.

Foram feitos importantes investimentos, defendeu, nas vias de comunicação rodoviárias e ferroviárias, em portos e aeroportos, na construção de habitações, em estabelecimentos de ensino e unidades hospitalares de diferentes categorias.

Apontou igualmente que a juventude também está empenhada no combate à corrupção e na melhoria do ambiente de negócios, bem como na diversificação da economia.

 

CNJ 

O Conselho Nacional de Juventude de Angola (CNJ), numa mensagem sobre a efeméride,  apelou os mesmos a celebrar o dia não apenas com a  energia e o potencial da geração, mas olhando ao  marco histórico, dos 50 anos da  independência  sendo 

um momento de  reflexão, orgulho e compromisso renovado com o futuro de Angola.

Refere que ao longo das  cinco décadas, a juventude angolana desempenhou um papel fundamental na construção da Nação, desde a luta pela libertação até a construção de uma sociedade moderna e próspera.

Aponta o espírito de luta, a resiliência e a dedicação da juventude têm sido pilares inabaláveis do  progresso,  construção de uma Angola verdadeiramente independente e desenvolvida, mas isto exige um esforço contínuo, uma visão partilhada e o engajamento de cada um.

"Hoje, olhamos para o passado com gratidão pelas conquistas alcançadas, mas também com a consciência dos desafios que ainda persistem", avança a nota.

Reitera o  compromisso em trabalhar pela criação de um ambiente que permita aos jovens angolanos atingirem o seu pleno potencial, implicando a promoção de acesso à educação de qualidade,  formação profissional, ao emprego digno e à participação ativa na vida política e social do país.

Apela aos jovens a engajarem-se activamente na construção de um futuro melhor no contexto dos 50 anos da  independência.

"O nosso sucesso depende da nossa capacidade de trabalhar em conjunto, de superar as divisões e de abraçar a inovação como instrumento de transformação", sublinha. 

O líder juvenil da Associação de Ajuda  Juvenil, Makaia André, reconheceu os ganhos da independência nacional, porém alega que, apesar da liberdade alcançada, o arranjo institucional e o sistema político e de governação nos dias actuais ainda são aqueles que o colono deixou, daí esperar por mais.

“Antes do 11 de Novembro de 1975, nós não tínhamos o sentido de pertença em nós, o sentido de Estado. Hoje nós somos angolanos, somos um povo soberano com um território só nosso.

Um dos principais ganhos da Independência Nacional é este sentido de pertença e de Estado e nacionalidade que conseguimos alcançar, e é o único que está em pleno.

 

Manutenção da paz

Por outro lado, a bispa da Igreja Anglicana em Angola, Filomena Teta, pediu aos jovens angolanos para primarem por acções que consolidam a paz, as instituições democráticas e o desenvolvimento do país, para o bem-estar social e económico dos cidadãos.

A religiosa defendeu a necessidade de preservação da estabilidade política e social de Angola, para a materialização das principais aspirações dos angolanos.

Lembrou que a independência de Angola foi proclamada a 11 de Novembro de 1975. O país viveu em conflito armado até ao dia 4 de Abril de 2002, data da assinatura do memorando para a paz e reconciliação nacional, entre o Governo angolano e a UNITA.

Numa incursão aos 50 anos de paz, a religiosa enumerou os ganhos nos diversos sectores, dando ênfase para a realização regular de eleições fortalecimento das organizações desenvolvimento do papel das sociedade económico, significativo do Produto Interno Bruto. 

Por outro lado, a pastora Madalena António clarificou que é necessário que a juventude preserve a paz alcançada, pois sem ela ninguém é feliz e a Nação não se desenvolve.

A religiosa apelou aos angolanos ao diálogo contínuo, indispensável para a manutenção da paz conquistada com muito sacrifício.

A religiosa frisou ser dever das instituições religiosas olhar para a preservação da paz, exortando a sociedade, em particular a juventude, a primar pela paz e reconciliação nacional, deixando as ondas de vandalismo. FMA/VIC

 



Fotos em destaque

Angola desperta interesse de empresários indianos

Angola desperta interesse de empresários indianos

 Segunda, 05 Maio de 2025 | 14h57


Notícias de Interesse

Director Geral da Agência Nacional de Acção Contra Minas, Brigadeiro Leonardo Severino Sapalo

Mais de sete mil áreas livres de minas no país

 Quarta, 21 Maio de 2025 | 15h42

A pesquisar. PF Aguarde 👍🏽 ...
+