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Governo de Luanda homenageia mártires da Baixa de Cassanje

     Política              
  • Luanda • Quinta, 04 Janeiro de 2024 | 12h37
Vice-governador de Luanda deposita coroa de flores no túmulo do soldado desconhecido
Vice-governador de Luanda deposita coroa de flores no túmulo do soldado desconhecido
Francisco Miúdo-ANGOP

Luanda - A acção heróica dos mártires da Baixa de Cassanje constitui um dos mais relevantes acontecimentos no processo da luta de libertação do povo angolano, declarou esta quinta-feira o vice-governador provincial para área política e social de Luanda, Manuel Gonçalves.

O governante falava após a deposição de uma coroa de flores no túmulo do soldado desconhecido, no Cemitério da Santana, em homenagem ao Dia dos Mártires da repressão colonial, que hoje se assinala, sob o lema “Com espírito de 4 de Janeiro, antigos combatentes unidos para o desenvolvimento em Angola”.

Para Manuel Gonçalves, a bravura demonstrada pelos martirizados despertou a consciência patriótica e de unidade nacional.

Disse ser necessário dar a conhecer a nova geração o que foi feito para a libertação do país e defendeu maior união entre os angolanos, de formas a que as condições sociais respondam aos anseios do povo.

Por seu turno, o secretário para comunicação da Associação do 4 de Janeiro, Alberto Quiari, enalteceu a importância da efeméride, tendo defendido que a mesma podia continuar a figurar na lista dos feriados nacionais, contrariamente a uma data de celebração nacional, como é denominada actualmente.

Disse não ver com bons olhos a mudança do 4 de Janeiro, de feriado nacional para uma data de celebração nacional, pois "essa data deu o pontapé de saída da negação dos angolanos daquilo que foi a acção dos portugueses no país”. 

Noutra parte da sua intervenção, o responsável apelou para a inserção dos sobreviventes da Baixa de Cassanje na Segurança Social das Forças Armadas Angolanas (FAA).

O massacre da Baixa de Cassanje ocorreu há 63 anos, quando, em 1961, a tropa colonial portuguesa matou indiscriminadamente milhares de camponeses angolanos, e respectivas famílias, que se dedicavam a produção de algodão, por reivindicarem contra os preços baixos praticados pela Companhia Geral de Algodão “Cotonang” e pelos maus-tratos impostos pelo regime colonial. FMA/VC

 

 





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