Luanda – A formação, capacitação, o empoderamento e desenvolvimento integral das mulheres e meninas é a condição primária para uma Angola mais democrática e inclusiva, defendeu esta terça-feira a vice-presidente do MPLA, Luísa Damião.
Em entrevista à ANGOP, Luísa Damião advogou que a educação e a cultura podem ser a chave para a resolução dos problemas das mulheres, principalmente no combate aos estereótipos e preconceitos baseados no género.
Para a dirigente partidária, o foco não deve ser canalizado na mulher, mas centralizado na mudança dos sistemas sociais que não permitem que estas capitalizem o seu potencial em prol do bem comum.
Luísa Damião tem a convicção de que o empoderamento da mulher, como poderosa agente de mudanças, contribui para a redução da pobreza no seio das famílias angolanas, pois não existe melhor gestor de dificuldades ou de expectativas do que as mulheres.
“Tal como educar uma mulher representa educar uma família, empoderar uma mulher é empoderar uma nação, (…) sendo que metade da população mundial é constituída por mulheres e o resto seus filhos e dependentes”, referiu.
De acordo com a vice-presidente do MPLA, pelos motivos acima expostos, a aposta deve ser focalizada na família, como núcleo principal da sociedade, reduto do amor, da fraternidade e da paz, bem como da preservação e reforço dos valores éticos, morais e culturais angolanos.
A jornada Março-Mulher decorre de 01 a 31 do mês em curso, em todo o país, sob o lema: “Mulheres na liderança rumo ao empoderamento económico em tempo de Covid”.
Em Angola, o 02 de Março é consagrado à mulher, em reconhecimento aos feitos históricos de Deolinda Rodrigues, Irene Cohen, Engrácia dos Santos, Teresa Afonso, Lucrécia Paim e outras anónimas, na luta de resistência contra a ocupação colonial portuguesa.